Enel atua em 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital, com direitos de concessão concedidos pelo governo federal.
A falta de energia elétrica em mais de 2 milhões de residências na Grande São Paulo gerou críticas contundentes de representantes dos governos federal, estadual e municipal à Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na região. A situação é inaceitável e exige uma solução imediata. A Enel precisa ser responsabilizada por sua ineficiência.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não hesitaram em pedir o fim do contrato com a concessionária Enel, considerando a gravidade da situação. A população não pode mais esperar por uma solução eficaz. A companhia Enel precisa ser substituída por uma empresa que possa garantir a distribuição de energia de forma eficiente e segura. A falta de luz em mais de 2 milhões de residências é um exemplo claro da incapacidade da Enel em cumprir com suas responsabilidades.
Enel sob pressão: Aneel pode retirar direitos de concessão
A Enel, empresa italiana que atua em 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital, está sob intensa pressão após uma série de problemas no fornecimento de energia elétrica na região. A Aneel, agência do governo federal responsável por fiscalizar o setor, disse que poderá retirar os direitos de concessão da companhia se não forem tomadas medidas para melhorar a prestação de serviço.
O governador de São Paulo, Tarcísio, fez contato direto com a Aneel para cobrar medidas contra a Enel, reforçando que mais uma vez a demora para restabelecer o fornecimento de energia em São Paulo após uma tempestade é inaceitável. Em novembro de 2023, outro temporal deixou vários pontos da cidade sem energia por até seis dias.
Tarcísio também lembrou que já havia pedido a caducidade do contrato da Enel, sem que houvesse retorno, e reforçou que não faz sentido renovar a concessão quando está comprovado que a prestação de serviço é péssima. Disse ainda considerar um absurdo a empresa chegar a ventilar que não conseguiria restabelecer integralmente o fornecimento da energia até segunda-feira (14).
Críticas à Enel e à Aneel
Por volta das 22h, Tarcísio fez uma postagem nas redes sociais com críticas tanto à Enel quanto à Aneel. ‘Mais uma vez, a Enel deixou os consumidores de São Paulo na mão. Se o Ministério de Minas e Energia e, sobretudo, a Aneel, tiverem respeito com o cidadão paulista, o processo de caducidade será aberto imediatamente’, escreveu ele.
Já o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, disse em publicações no Instagram que a Enel é ‘inimiga do povo de São Paulo’. Ele atribuiu a falta de luz à ineficiência da companhia. ‘O que a gente tem hoje de problema na cidade, infelizmente, é por conta da ineficiência da Enel, mais uma vez.’
Medidas para melhorar a prestação de serviço
A Enel foi alvo de muitas críticas do governo federal após o apagão de novembro do ano passado em São Paulo, mas, na sequência, a empresa divulgou uma série de medidas para aperfeiçoar o atendimento durante eventos extremos, incluindo o anúncio de investimentos, que foram bem recebidos pela gestão Lula (PT).
Em maio, quando a tensão ainda estava alta, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, chegou a dizer à empresa que, se não fizesse investimentos na qualidade do serviço de distribuição de energia, ‘pode dar tchau’ ao país. No mês passado, o posicionamento já havia mudado. Silveira participou de um evento na base operacional da Enel em Guarapiranga, zona sul de São Paulo, em que ocorreu a apresentação dos investimentos da companhia no Brasil. Na ocasião, disse era ‘uma grande alegria poder ver in loco as ações adotadas para prevenir acontecimentos graves gerados pelas mudanças climáticas’.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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