Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, fala sobre análise da dívida e renegociação com a equipe econômica. Medidas estruturantes para a agropecuária brasileira.
O governo está buscando alternativas para lidar com o endividamento do agro, que se tornou uma preocupação para o setor agrícola. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que é necessário realizar um diagnóstico do quadro atual para propor medidas que possam equilibrar a situação das dívidas que vencem em 2024.
Além disso, Fávaro ressaltou a importância de uma possível renegociação dos contratos e uma equalização das taxas de juros para enfrentar o endividamento do agronegócio. Tais medidas estruturantes serão discutidas em conjunto com a área econômica, visando encontrar soluções que possam beneficiar o setor agrícola brasileiro.
Endividamento do agro e as variações climáticas extremas
O pano de fundo são as variações climáticas extremas, como a seca no Centro-Oeste e na região do Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia, além das chuvas no sul do país.
‘A equipe do ministro Fernando Haddad começa agora então a desenhar cenários para que a gente possa, depois de conversar com o presidente Lula, apresentar então algumas propostas ao setor para que a gente possa antecipadamente evitar uma crise que venha a acontecer com judicialização, com recuperações judiciais, com inadimplência’, disse Fávaro a jornalistas.
Endividamento do agronegócio e a ampliação de crédito
O ministro afirmou que planeja anunciar uma ampliação de crédito para o setor junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na próxima sexta-feira (2).
Contudo, as medidas estruturantes devem ser anunciadas só em outro momento.
‘A gente vai então deixar o anúncio do dia 2 [de fevereiro] acontecendo, mas as medidas estruturantes só depois que a equipe econômica então fizer o levantamento, os custos, quanto vai custar isso, e depois que a gente apresentar ao presidente Lula. E quem vai determinar o que fazer, por óbvio, é o presidente Lula’, declarou.
Endividamento do agro: cenário de distorção e redução de preço da soja
Segundo Fávaro, o cenário é de ‘distorção muito grande’. Por um lado, a perspectiva do governo é que a safra de soja supere a supersafra de 2023 em 15 milhões de toneladas, ‘só que com regiões com grandes perdas’.
Além disso, há um cenário de redução de preço da soja e outras commodities, junto a um endividamento que chega a 2024 como ‘um passivo muito grande para o setor’, afirma.
Fonte: G1 – Política
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