O presidente quer ouvir segmentos sobre desempenho do governo. Palácio do Planalto mobilizado com situação na Petrobras, mas não será discutida, segundo interlocutores.
O ex-presidente Lula se encontrou na manhã deste sábado (6) em Brasília com representantes da sociedade civil, movimentos sociais e um membro da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A reunião ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência, onde Luiz Inácio Lula da Silva costumava realizar eventos durante seus mandatos. Além disso, estavam presentes os ministros da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta e da Secretaria Geral, Marcio Macedo.
Crise na Petrobras
O Palácio do Planalto, na manhã deste sábado, não divulgou antecipadamente quais temas serão abordados na reunião. Apesar da presença do representante do sindicato dos petroleiros e do atual tumulto político envolvendo a Petrobras, a situação da estatal parece não ser o foco do encontro, de acordo com interlocutores próximos a Lula.
Durante essa espécie de confraternização, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ouvir a opinião das centrais sindicais e dos representantes da sociedade civil sobre o desempenho do governo.
Os aliados do presidente acreditam que os resultados positivos das políticas implementadas pelo governo no seu primeiro ano de gestão começarão a surtir efeito ainda no primeiro semestre deste ano.
Crise na Petrobras
A permanência do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no cargo está incerta. Ele está passando por um processo de fritura junto ao palácio do Planalto, patrocinado pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
As discordâncias se intensificaram depois que Prates se absteve da votação do Conselho de Administração da Petrobras que determinou a retenção dos R$ 43,9 bilhões que seriam distribuídos aos acionistas como dividendos extraordinários.
Nesta sexta-feira (5), o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu novamente para discutir a saúde financeira da companhia e abrir caminho para a distribuição dos dividendos retidos em março.
No entanto, Prates não compareceu à reunião. Nos bastidores do governo, já se fala em uma possível substituição de Prates.
Quando votaram pelo represamento dos dividendos, os indicados do governo no conselho da Petrobras justificaram a decisão pela necessidade de manter o dinheiro em caixa para obter melhores condições de financiamento para os projetos de investimento, reduzindo o nível de risco.
Fonte: G1 – Política
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