Ministro Fazenda e presidente PT na Conferência Eleitoral. PT divulgou comunicado criticando ‘ditadura do BC’ e ‘austericídio fiscal’.
A economia brasileira vem enfrentando desafios nos últimos anos, e a condução da política para as contas públicas tem sido um ponto de divergência entre lideranças políticas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem mantido a posição de zerar o rombo das contas do governo em 2024, mesmo diante da pressão da ala política do governo em contrário.
Essa postura vem sendo adotada pelo ministro visando o crescimento econômico do país e a saúde das contas públicas. Para alcançar esse objetivo, Haddad está em busca de R$ 168 bilhões a mais em arrecadação, buscando assim promover o equilíbrio das contas e impulsionar a economia.
Ministro critica relação entre déficit e crescimento da economia
Neste sábado, Fernando Haddad avaliou que déficit nas contas públicas, com um maior volume de gastos, não indica, necessariamente, que a economia irá crescer.
‘As coisas não são automáticas. Nos oito anos de governo do presidente Lula, tivemos superávit primário de 2%. A economia cresceu 4%. Não é verdade que o déficit faz [a economia] crescer. De dez anos para cá, a gente R$ 1,7 trilhão de déficit. E a economia não cresceu. Não existe essa correspondência, não é assim que funciona a economia’, afirmou o ministro Fernando Haddad.
Hoffmann defende atuação do Estado para estimular a economia
Defensora de uma maior atuação do Estado para estimular a economia e de uma revisão para que as contas públicas tenham déficit no próximo ano, Gleisi Hoffmann minimizou as diferenças entre ela e o ministro Haddad.
‘A gente tem divergências e é normal a gente expor nossa visão e nossa forma de ver. Acho que o ministro Fernando Haddad está fazendo o papel dele com ministro da Fazenda, ele tem a visão dele e nós temos uma visão um tanto quanto divergente, que foi exposta de maneira muito tranquila e respeito’, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Presença maior de ações do Estado para levantar a economia, defende Hoffmann
Para ela, seria necessária uma ‘presença maior de ações do Estado brasileiro’ para levantar a economia em um cenário de queda do investimento privado e de juros básicos da economia ainda elevados.
As declarações foram dadas após o PT ter divulgado um comunicado, nesta sexta-feira (8), no qual avalia que não faz nenhum sentido uma pressão por arrocho fiscal, pressão que seria exercida pelo Banco Central.
‘O Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC ‘independente’ e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país’, diz o PT, no documento.
Necessidade de déficit nas contas públicas para vencer as eleições de 2024
Também neste sábado, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Nobre Guimarães (PT/CE), afirmou que se for necessário que as contas públicas tenham déficit, isso será feito. ‘Senão, não vamos vencer as eleições de 2024’, declarou.
Fonte: G1 – Política
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