Bilionário sul-africano é dono da X, antigo Twitter, e comanda Tesla e SpaceX desde 2022, incluindo a polêmica semiautonomia.
O polêmico bilionário Elon Musk, conhecido por suas inovações e declarações controversas, tem se destacado recentemente por suas postagens agressivas na rede social X, antes conhecida como Twitter. Musk, nascido na África do Sul, tornou-se uma figura constante na mídia, sempre protagonizando debates e discussões.
Além de ser um renomado empresário e vendedor de carros, Musk também é co-fundador da X.com, o que lhe confere grande influência no mundo dos negócios. Sua postura provocadora tem gerado repercussões em todo o mundo, demonstrando a complexidade da figura do empresário sul-africano.
Estratégias de Comunicação de Elon Musk
Antes de ser proprietário do X, Musk já era famoso por estar à frente da empresa de carros Tesla, uma das primeiras a apostar exclusivamente em modelos elétricos, e da SpaceX, companhia de viagens espaciais. Com ela, o empreendedor tem propostas para colonizar Marte.
A SpaceX possui ainda um setor voltado à internet via satélite chamado Starlink, que recebeu permissão para operar no Brasil.
Musk chegou a ser a pessoa mais rica do mundo. No último ranking anual da revista ‘Forbes’, divulgado na semana passada, estava em segundo lugar, com um patrimônio avaliado em US$ 195 bilhões. Em 2023, sua biografia foi lançada pelo jornalista Walter Isaacson.
Confira abaixo:
- A trajetória de Elon Musk
- Quais são as empresas do empresário
- Teve 8 filhos, a mãe é TikToker e ele diz não ter casa
- Colecionador de polêmicas
- Por que Elon Musk comprou o Twitter
A trajetória do Empreendedor
Filho mais velho de um sul-africano e de uma canadense de classe alta, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul, em 1971. Ele já foi casado duas vezes e teve oito filhos.
Musk viveu na África do Sul até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes do seu aniversário de 18 anos.
Começou a faculdade na Queen’s University em Ontário, no Canadá, mas no meio da graduação se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde se naturalizou cidadão americano. É bacharel em física e economia.
Musk aprendeu sozinho a programar e criou jogos na adolescência. Seu primeiro empreendimento foi a Zip2, uma empresa que criou em 1995 com seu irmão Kimbal e com o amigo Greg Kouri e que oferecia um diretório para encontrar empresas on-line. A companhia foi vendida em 1999 para a Compaq.
Pouco depois dessa venda, Musk fundou a X.com, que era uma empresa de serviços financeiros on-line e de e-mail. Um ano depois de criada, a companhia se fundiu com a Confinity, que tinha um serviço de transferência de dinheiro chamado PayPal – que acabou virando o nome do negócio.
Em outubro de 2002, a eBay adquiriu a PayPal por US$ 1,5 bilhão em ações.
Em 2004, Musk se tornou o maior investidor e assumiu o comando da recém-fundada fabricante de carros elétricos Tesla, bem antes de montadoras tradicionais apostarem nesse tipo de veículo.
Alguns meses antes, em 2002, Musk havia fundado a sua empresa mais ambiciosa: a SpaceX, de transporte aeroespacial.
Entusiasta do bitcoin e de outras criptomoedas, ele também possui empreitadas nos ramos de energia solar, transporte ultrarrápido, internet via satélite e neuciência (leia mais abaixo).
A primeira aparição de Musk no ranking dos bilionários da revista ‘Forbes’ foi em 2012, com a fortuna estimada em US$ 2 bilhões. Além de ter chegado ao topo do ranking, em 2022, Musk foi eleito a ‘Personalidade do Ano’ em 2021 pela revista ‘Time’.
Junto com seu sucesso como empreendedor, o magnata também ficou famoso por falar o que pensa no Twitter e utilizar a força de seus milhões de seguidores para movimentar até o mercado de ações — a Tesla é uma empresa de capital aberto.
Quais são as empresas do bilionário
Desde 2004, Elon Musk é o maior acionista e o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning.
Com sede em Austin, no Texas, nos EUA, a empresa entrou no ramo quando poucas marcas apostavam nesse tipo de veículo. O primeiro modelo foi lançado em 2009.
A Tesla também ganhou notoriedade pela adoção de um polêmico sistema de semiautonomia para os carros, o Autopilot, que permite que eles dirijam sozinhos por um certo tempo, desde que o motorista mantenha as mãos no volante. Alguns acidentes e flagrantes de condutores dormindo a bordo desses veículos tornam o recurso bastante controverso até hoje.
Musk impulsionou a empresa a crescer a ponto de abrir uma fábrica na China, grande consumidora de carros elétricos, além da Alemanha. Com o braço Tesla Energy, a companhia também produz painéis para captação de energia solar.
Empresa com ações na bolsa de Nova York, a Tesla em alguns momentos ela chegou a ultrapassar montadoras tradicionais como Ford e General Motors, que têm números de produção e vendas muito maiores.
Antes de se juntar à Tesla, Musk fundou, em 2002, a empresa voltada ao transporte aeroespacial. Ele também é o presidente-executivo da SpaceX.
O primeiro lançamento de um foguete da companhia só aconteceu em 2008. Dez anos depois, a fim de testar seu foguete mais poderoso até então, Musk mandou um carro da Tesla para o espaço.
Além de enviar satélites, a SpaceX também manda pessoas para fora da Terra. Em 2021, ela conquistou um marco importante no turismo espacial com o lançamento de 4 pessoas ‘comuns’ à órbita da Terra – que até então só tinha recebido astronautas profissionais.
Musk não estava a bordo, mas, com o sucesso da missão, ofuscou de certa forma seus concorrentes no segmento, os também bilionários Jeff Bezos, dono na Amazon, e Richard Branson, da Virgin Galactic.
Musk também faz planos para a colonização de Marte com a SpaceX. Para isso, desenvolve supernaves, como a Starship, com a qual realiza testes sem tripulantes desde 2023.
STARLINK
É um braço da SpaceX voltado para fornecimento de internet via satélite. A empresa já foi autorizada a atuar inclusive no Brasil.
Nesse segmento, Musk também concorre com Bezos e sua Blue Origin. Ambos trabalham nas chamadas ‘constelações de satélites’, que têm o objetivo de levar conexão para áreas remotas em todo o planeta. A SpaceX está à frente na corrida e já lançou mais de 1.800 satélites.
OUTROS NEGÓCIOS
Musk possui ainda a The Boring Company, que projeta um sistema semelhante a um trem-bala que depende de um túnel modificado para atingir altas velocidades (sistema apelidado de ‘hyperloop’), a Open AI, de inteligência artificial, e a Neuralink, uma startup de neurociência que quer ‘conectar nossos cérebros a computadores’.
Recentemente, Musk noticiou que a Neuralink fez seu primeiro implante de chip em um cérebro humano.
Pai de 8 filhos, mãe TikToker e sem casa própria
Musk também é famoso pelas excentricidades. Em 2020, ele deu o impronunciável nome de X AE A-XII a seu sétimo filho, com a então namorada, a cantora canadense Grimes. Dois anos depois, ela afirmou que teve também uma filha com Musk, chamada Exa Dark Sideræl Musk.
O bilionário já tinha sido pai de cinco filhos do casamento com a autora de livros Justine Musk: os gêmeos Griffin and Xavier, nascidos em 2004, e os trigêmeos Damian, Saxon e Kai, em 2006. O primeiro bebê do casal sofreu morte súbita algumas semanas após o nascimento.
Após se divorciar de Justine, Musk se casou com a atriz inglesa Talulah Riley, de quem também se separou.
Em 2015, Musk tirou seus cinco filhos de uma prestigiada escola para crianças superdotadas e criou a Ad Astra, um centro privado de ensino em Los Angeles, nos EUA.
Apesar de tantos investimentos, Musk diz que vive em imóveis de amigos:
‘Seria problemático se eu tivesse gastado bilhões de dólares em consumo pessoal. Na realidade eu nem possuo casa própria. Estou ficando em casa de amigos. Se eu for para a baía, onde tem a engenharia da Tesla, eu percorro por quartos vagos de casas de amigos. Eu não tenho iate, eu não tiro férias’, afirmou.
A mãe de Musk, Maye, também é frequentadora das redes sociais. Modelo, ela tem mais de 500 mil seguidores no Instagram, 60 mil no TikTok e 450 mil no Twitter,onde costuma defender o filho.
Personalidade polêmica
Musk está longe de ser um ricaço discreto. Gosta de dar entrevistas e posta quase que diariamente no X.
Já foi apresentador do programa de humor americano ‘Saturday night life’, que só recruta celebridades, frequentou o baile Met Gala e já foi visto fumando um cigarro de maconha durante participação em um podcast transmitido ao vivo pelo YouTube.
No antigo Twitter, seu canal preferido para comunicar com milhões de seguidores, dispara mensagens que podem causar terremotos nos mercados de ações e de criptomoedas. Ele já foi até punido por isso, após um post sobre a Tesla.
Apesar de ser usuário superativo, Musk também sempre se mostrou um crítico das regras do Twitter. Ele entendeu, por exemplo que a rede social ‘censurou’ Donald Trump ao bani-lo no começo de 2021.
A medida foi tomada, segundo o Twitter, por violação de política de uso da plataforma depois da invasão do Capitólio promovida por apoiadores do ex-presidente que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts.
Motivações por trás da aquisição do Twitter por Elon Musk
Em março de 2022, o bilionário fez uma oferta de US$ 41,5 bilhões (cerca de R$ 205 bilhões) em dinheiro para assumir o controle total do Twitter. Ela não foi bem recebida pelos acionistas.
Naquele mês ele já tinha comprado 9,2% da empresa, mas a operação só veio a público em abril, fazendo o preço das ações da plataforma subir. Logo depois, Musk rejeitou fazer parte do conselho de administração do Twitter, um direito que ele teria sendo um grande acionista.
O bilionário continuo insistindo na compra e um acordo foi anunciado em 25 de abril. Ele prevê que Musk pagará cerca de US$ 44 bilhões pelo Twitter e foi bem recebido pelo mercado, com valorização das ações.
Para levantar o montante, Musk precisou de empréstimos e vendeu ações da Tesla, que passou a operar em queda na bolsa.
Ainda em 2022, Musk chegou a suspender temporariamente o acordo, levantando suspeitas sobre o dado divulgado pelo próprio Twitter de que contas falsas representam apenas 5% do total da plataforma. As ações da rede social caíram naquela dia.
Musk discutiu inclusive com o então presidente-executivo do Twitter sobre o tema, em seu perfil.
Após o anúncio da compra, o bilionário prometeu que faria mudanças na moderação de conteúdo, o que gerou imediata preocupação com relação ao combate à desinformação.
Ainda em 2022, Musk reativou a conta de Donald Trump após uma enquete ter resultado favorável ao ex-presidente americano. O perfil foi banido da rede em 2021 por violação das regras, após a invasão do Congresso por um grupo de apoiadores dele que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts.
Ele chegou a dizer que não queria comprar o Twitter para ‘fazer dinheiro’, mas, segundo a imprensa americana, disse aos bancos que emprestaram dinheiro para o negócio que poderia reduzir
Fonte: G1 – Política
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