Venda de fatia na transmissora busca otimizar o portfólio, vendendo participações não estratégicas. Reestruturação tem longo caminho a percorrer.
A Eletrobras avançou consideravelmente na reestruturação de suas atividades desde que foi privatizada há dois anos, demonstrando um compromisso contínuo com a reestruturação de seus processos internos. Apesar disso, especialistas apontam que há espaço para melhorias significativas em termos de eficiência operacional.
Os esforços da empresa em busca de reestruturação têm sido notáveis, refletindo um comprometimento claro com a modernização e otimização de suas práticas. A implementação bem-sucedida de estratégias de reestruturação pode contribuir de forma substancial para o crescimento e a competitividade da Eletrobras no mercado atual.
Reestruturação na Eletrobras: Oferta Secundária de Ações da ISA Cteep
A reestruturação na Eletrobras ganha mais um passo significativo com a anúncio de uma oferta secundária de ações da ISA Cteep. A companhia revelou na sexta-feira, 12 de julho, a intenção de disponibilizar inicialmente 60 milhões de ações preferenciais da empresa de transmissão, podendo aumentar para 70 milhões, dependendo da demanda do mercado.
Considerando o valor de fechamento das ações em R$ 27,10 no pregão de 11 de julho, a Eletrobras poderá obter entre R$ 1,6 bilhão e R$ 3,5 bilhões com essa operação. A precificação está agendada para 18 de julho, com liquidação prevista para 23 de julho. O processo está sendo conduzido por Citi, Itaú BBA, Banco Safra e XP Investimentos.
Essa movimentação não é uma novidade para a Eletrobras, que já havia anunciado em outubro a intenção de reestruturar sua participação na ISA Cteep. Após superar obstáculos relacionados a cláusulas de debêntures, a empresa agora segue firme em seu plano de otimização do portfólio, visando vender participações minoritárias e não estratégicas.
Uma das ações anteriores nesse sentido foi a venda da participação na Copel, concluída em setembro de 2023, por cerca de R$ 125,3 milhões. Desde sua privatização, a Eletrobras tem implementado medidas para simplificar sua estrutura, como a redução do quadro de funcionários em 25% desde o segundo trimestre de 2022, de acordo com a XP.
Além disso, a venda de ativos tem sido uma estratégia recorrente, como a negociação do portfólio de termelétricas para a Âmbar Energia por R$ 4,7 bilhões em junho. A Eletrobras também se desfez de sua participação de 49% em projetos eólicos no Piauí para o Pátria.
A reestruturação da empresa tem sido elogiada por analistas, que destacam os ganhos de eficiência e valor gerados por essas ações. O relatório do BB Investimentos ressalta que a simplificação da estrutura societária resulta em redução de custos e sinergias operacionais e gerenciais.
No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. As despesas da Eletrobras com pessoal, materiais e terceiros tiveram uma redução de 24,5% entre o segundo trimestre de 2022 e os primeiros meses deste ano, segundo a XP. Ainda assim, a empresa precisa continuar a busca pela eficiência para equiparar-se aos seus pares privados.
A revisão do portfólio, incluindo a incorporação de Furnas, é apontada como uma área que demanda atenção. Especialistas ressaltam os ganhos de eficiência que a Eletrobras poderia obter com essa operação, evidenciando o compromisso contínuo da empresa com sua reestruturação em busca de maior competitividade no mercado.
Fonte: @ NEO FEED
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