Semana passada, dólar americano depreciou 0,91% em relação ao real. Fracos dados: mercado de trabalho, taxa desemprego, salário médio hora. Inflação subiu, gerentes compras prevem cortes juros. Indícem desaceleração.
O mercado financeiro observou o dólar prolongar a queda acentuada de ontem e apresentar uma queda acentuada nesta sexta-feira, 3, superando o patamar de R$ 5,10. Indicadores econômicos desfavoráveis dos EUA em abril contribuíram para a desvalorização da moeda.
A desvalorização do dólar trouxe impactos significativos no cenário econômico global, com investidores atentos aos movimentos da moeda dos EUA. A queda acentuada reflete a sensibilidade do mercado a fatores externos e a instabilidade econômica atual.
O dólar fecha em queda após semana de volatilidade
Terminadas as negociações, o dólar teve um desempenho instável, encerrando com uma queda de 0,85%, sendo cotado a R$ 5,0697. Ao longo da semana, a moeda dos EUA apresentou uma perda acumulada de 0,91% em relação ao real. Durante o período, o mercado de câmbio experimentou altos e baixos, com a divisa americana oscilando entre a mínima de R$ 5,0449 e a máxima de R$ 5,1169.
Dados fracos sobre o mercado de trabalho nos EUA
No cenário econômico dos Estados Unidos, em abril foram criadas 175 mil vagas de emprego, um número consideravelmente abaixo das 315 mil vagas abertas em março e também aquém das expectativas dos analistas, que aguardavam a abertura de 250 mil vagas. A taxa de desemprego apresentou crescimento, subindo de 3,8% em março para 3,9% em abril, superando as projeções de estabilidade em 3,8%.
Desaceleração e indicadores preocupantes nos EUA
Além disso, o salário médio por hora teve um aumento de 0,2% em abril, uma variação mais branda em comparação aos 0,3% registrados no mês anterior, ficando aquém das expectativas. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA também apresentou uma queda significativa, passando de 51,4 pontos em março para 49,4 pontos em abril, indicando uma contração no setor, pela primeira vez desde dezembro de 2022, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM).
Previsões de cortes de juros pelo Fed
Diante da desaceleração da economia americana e do impacto no dólar em relação a outras moedas, como o real, a maioria dos analistas financeiros prevê que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, realizará cortes de juros. A expectativa é de dois cortes até o final do ano, com 36,1% dos analistas projetando que as taxas terminem entre 4,75% e 5%, e 29,6% esperando que os juros fechem o ano entre 5% e 5,25%. As projeções do mercado financeiro revelam uma perspectiva de ajustes na política monetária para lidar com a atual conjuntura econômica.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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