Últimos trinta anos, a incidência de doença renal crónica associada a diabetes e hipertensão cresceu 30%. Silenciosa epidemia: especialistas alertam para prevenção e diagnóstico precoce. Fatores de risco: história familiar, tabagismo, idade acima de 60 anos. Estágios: iniciais (medicações e mudanças de estilo de vida), avançados (diálise ou transplante). Complicações: anemia, desnutrição, neurológicos, metabólicos, alterações de potássio. Identificação tardia: 44% dos casos diagnosticados em estágios avançados.
A nefropatia crônica está se tornando uma epidemia em ascensão e tem previsão de tornar-se a quinta maior causa de óbito global até 2040, conforme revela um recente artigo publicado na Nature. Em rankings futuros, a doença estaria abaixo somente das doenças isquêmicas do coração, de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), infecções respiratórias e da doença pulmonar obstrutiva crônica.
A preocupação com a doença renal crônica aumenta a cada dia devido ao seu impacto significativo na saúde mundial. O termo nefropatia crônica é utilizado para descrever as diferentes etapas da deterioração dos rins ao longo do tempo, exigindo atenção e cuidados intensivos para prevenir complicações graves. A conscientização sobre a prevenção e tratamento da doença renal crônica é essencial para evitar futuros desafios médicos.
A preocupação com a doença renal crônica
A nefropatia crônica tem se tornado uma preocupante epidemia silenciosa, com a incidência da doença renal crônica crescendo 30% nas últimas décadas. No Brasil, estima-se que cerca de 11% da população seja afetada por essa condição, com 144 mil pacientes em diálise devido à perda progressiva e irreversível da função dos rins ao longo do tempo.
A importância do diagnóstico precoce e dos fatores de risco
A nefropatia crônica está fortemente ligada a problemas como diabetes e hipertensão, responsáveis por cerca de 70% dos casos. Fatores como histórico familiar, tabagismo e idade acima de 60 anos também são considerados influentes no desenvolvimento da doença.
Nos estágios iniciais da doença renal crônica, o controle pode ser feito por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida. No entanto, em estágios avançados, a diálise ou o transplante de rim se tornam necessários para manter a saúde do paciente.
Complicações e desafios no diagnóstico da nefropatia crônica
Os pacientes com doença renal crônica enfrentam diversas complicações, como anemia, desnutrição, problemas neurológicos e metabólicos, além de alterações nos níveis de potássio. Infelizmente, mais de 44% dos casos são diagnosticados tardiamente, o que ressalta a necessidade de identificação precoce e tratamento adequado.
A identificação precoce da doença é crucial, pois muitas vezes ela é assintomática nos estágios iniciais. É fundamental avaliar os riscos dos indivíduos e realizar exames para monitorar a função renal, como a dosagem de albumina na urina e creatinina no sangue.
Desafios na capacitação médica e cuidados adequados
É essencial que os profissionais de saúde estejam capacitados para lidar com pacientes com doença renal crônica, seguindo as diretrizes de tratamento. No entanto, uma pesquisa demonstrou que menos da metade dos médicos em São Paulo recebeu treinamento para cuidar desses pacientes, evidenciando a necessidade de mais educação nessa área.
Diante da complexidade da nefropatia crônica, é fundamental um esforço conjunto para aumentar a conscientização, a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir as complicações associadas a essa condição progressiva.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo