Em 2022, a dívida pública atingiu R$ 5,9 trilhões, dentro da expectativa do governo. Ela é resultado de déficits primários e resgate líquido.
A dívida pública federal atingiu o valor de 6,5 trilhões ao final de 2023, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Economia.
Mesmo com o aumento em comparação ao ano anterior, o montante registrado em 2023 ficou dentro da faixa estimada pelo governo. Era esperado que a dívida encerrasse o ano entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
O endividamento do governo atingiu o patamar de 6,5 trilhões ao final de 2023, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Mesmo com o aumento em relação ao ano anterior, que era de R$ 5,9 trilhões, o resultado de 2023 ficou dentro da faixa estimada pelo governo. A expectativa era que a dívida pública encerrasse o ano entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
O aumento da Dívida Pública Federal e seus impactos na economia
A questão da Dívida Pública Federal é um tema de grande relevância para a economia de um país. Este passivo público surge quando o governo gasta mais do que arrecada, demandando financiamento de credores como pessoas físicas, empresas e bancos. O estoque da dívida cresceu significativamente, alcançando o montante de R$ 5,9 trilhões em 2023, representando um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é resultante de déficits primários, ou seja, despesas públicas não cobertas por receitas, que levam à emissão de títulos públicos para o seu financiamento.
Filipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, explica que desde 2014, com exceção de 2022, o governo vem obtendo déficits primários, indicando que os gastos superam a arrecadação com impostos, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Em 2023, o resultado negativo ficou em R$ 230,5 bilhões, equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Tesouro Nacional. As despesas com juros que o governo teve que assumir para continuar se financiando somaram R$ 607,7 bilhões, contribuindo significativamente para o crescimento do estoque da dívida.
O impacto do endividamento do governo na economia
O endividamento do governo acarreta em um custo expressivo para o país, representado pelo valor pago em forma de juros para tomar recursos emprestados da sociedade. Em 2023, a apropriação de juros totalizou R$ 607,7 bilhões, um montante considerável que influencia diretamente as contas públicas. Porém, esse custo foi parcialmente compensado pelo resgate líquido de R$ 38,8 bilhões em títulos no mesmo ano. O resgate líquido ocorre quando os resgates superam as emissões, impactando a composição do passivo público.
A expectativa é que o crescimento da dívida pública federal continue sendo um desafio para o governo nos próximos anos, influenciando as políticas fiscais e econômicas. É fundamental para as autoridades que sejam adotadas medidas efetivas para o controle do endividamento, visando garantir a sustentabilidade das finanças públicas e o equilíbrio econômico a longo prazo.
Fonte: G1 – Política
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