Ahmad Kahalot acusou o Hamas de transformar hospitais em instalações militares e realizar atividades militares em centros médicos.
Internacional | por Agência EFE
O governo de Israel revelou hoje que o diretor do hospital Kamal Adwan, Ahmad Kahalot, admitiu ser afiliado ao Hamas durante os interrogatórios, após sua detenção no centro médico de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza. Segundo as autoridades israelenses, o grupo terrorista transformou os hospitais em ‘instalações militares sob seu controle’.
Hospital Al Shifa é usado para atividades militares do Hamas
Em 2010, Kahalot foi recrutado pelo Hamas como general de brigada. Revelou que muitos funcionários do hospital são agentes das Brigadas Al Qassam, desde médicos, enfermeiros, paramédicos e demais membros da equipe, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI) e da agência de inteligência Shin Bet.
Durante mais de uma semana, Israel sitiou o hospital, terminando com a rendição e prisão de mais de 80 membros do Hamas, de acordo com as FDI. Imagens mostraram homens entregando armas com os braços levantados.
Fontes palestinas contestaram, afirmando que os detidos não eram terroristas do Hamas, mas Israel confirmou a filiação e os vinculou diretamente aos ataques de 7 de outubro em solo israelense.
No interrogatório, o médico confirmou o uso de hospitais para fins militares pelo Hamas, inclusive para esconder seus agentes, realizar atividades militares e esconder um soldado capturado, segundo as autoridades israelenses.
Kahalot confessou que pelo menos 16 funcionários do Kamal Adwan têm patente nas Brigadas Al Qassam e que existiam escritórios para um líder do Hamas e dois oficiais seniores, uma sala de interrogatório e uma sala para o pessoal de segurança no hospital.
Segundo a suposta confissão do diretor do hospital, o Hamas possui uma ‘ambulância particular’ para fins militares, recusando-se a transportar feridos para outros hospitais, segundo comunicado das FDI.
Desde o início da guerra, Israel alega que o Hamas está se escondendo nos hospitais da Faixa de Gaza e usando-os como quartéis militares, cercando, atacando e detendo a equipe médica do hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza; do Kamal Adwan e, mais recentemente, do Al Awda, em Jabalia.
Em Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, Israel mostrou evidências de túneis subterrâneos e algumas armas.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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