Diretor da PF investigará se Bolsonaro violou proibição ao ficar na embaixada.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, está sendo investigado pelo diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, por ter se hospedado por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília. Essa ação levantou a suspeita de que Bolsonaro tenha violado alguma proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
‘No bojo do inquérito do golpe, precisamos apurar o ocorrido, para verificar se violou alguma proibição imposta pelo STF’, disse Rodrigues.
A hospedagem do presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília gerou questionamentos sobre a possibilidade de violação de proibições impostas pelo Supremo Tribunal Federal. O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, está incumbido de analisar o caso, levantando a suspeita de possível violação por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Escândalo: inquérito do golpe revela estadia de Bolsonaro na embaixada
As informações sobre a hospedagem de Bolsonaro na embaixada foram publicadas pelo jornal ‘The New York Times’ nesta segunda-feira (25), trazendo à tona ocorrências preocupantes.
A estadia ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro — no dia 8 daquele mês, Bolsonaro havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de estado.
Na operação, policiais federais apreenderam o passaporte do ex-presidente no escritório do Partido Liberal. (PL).
Em regra, o ex-presidente não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira que o recepcionasse, uma vez que esses endereços estão legalmente fora da área de atuação das autoridades locais.
A divulgação do ocorrido fez com que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) chamasse o embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, para conversas.
Halmai se reuniu com a titular da Secretaria de Europa e América do Norte, Maria Luisa Escorel. O Palácio do Planalto também foi comunicado sobre a reunião.
Na diplomacia, o simbolismo de chamar um embaixador para conversas depende do contexto. No caso da Hungria, o Brasil queria a prestação de informações claras e detalhadas sobre a ida de Bolsonaro à embaixada.
Como, por decisão do governo, não foi nem o presidente Lula que chamou o embaixador nem o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o peso diplomático é menor.
Em nota, a defesa de Bolsonaro confirma que o ex-presidente ficou dois dias hospedado na embaixada, ‘a convite’.
No comunicado divulgado à imprensa, os advogados do ex-presidente disseram que ele ‘passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo’ e que, no período, o ex-presidente ‘conversou com diversas autoridades húngaras ‘atualizando os cenários políticos das duas nações’.
Fonte: G1 – Política
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