Decisão do Supremo impede candidatura de opositora de Maduro; Brasil acompanha transição democrática na Venezuela, EUA ameaçam sanções.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de vetar a candidatura presidencial de Maria Corina Machado foi vista como um retrocesso por diplomatas e assessores do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida foi considerada como uma ação para inibir a participação da principal opositora de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais marcadas para o segundo semestre deste ano.
Os Estados Unidos ameaçaram retomar as sanções econômicas contra a Venezuela caso o Judiciário do país não permita a candidatura de Corina. A situação política no país sul-americano está cada vez mais delicada, com pressões internas e externas em relação ao processo eleitoral e suas possíveis influências.
Estados Unidos e Venezuela: Diplomacia e Decisões
As negociações diplomáticas e as mensagens dos Estados Unidos continuam a ser o foco das atenções, enquanto o país sul-americano aguarda ansiosamente por uma reviravolta na decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
Recentemente, os EUA alertaram que não irão prorrogar a licença para que a Venezuela possa continuar exportando petróleo, a partir do próximo mês de abril, caso o governo venezuelano proíba candidatos à presidência de concorrer neste ano. Além disso, os americanos estão considerando a imposição de novas sanções como forma de pressionar o país.
Enquanto o Brasil não está diretamente envolvido nas discussões sobre as sanções, ele desempenha um papel central nas negociações mais amplas, que incluem a tão esperada ‘transição democrática‘ na Venezuela.
No ano passado, em uma reunião que contou com a presença do presidente Lula e representantes de países europeus e latino-americanos, Brasil, França, Argentina e Colômbia emitiram uma declaração conjunta sobre a Venezuela, pedindo eleições limpas e justas e também o fim das sanções internacionais ao país.
O Brasil também participou ativamente de diversas reuniões sobre o assunto ao longo do último ano, tanto na própria Venezuela quanto na Colômbia e em Barbados.
Vale ressaltar que, em outubro, os Estados Unidos aliviaram as sanções ao setor de petróleo da Venezuela – que, quando em vigor, exerciam forte pressão econômica sobre o país – após o governo de Nicolás Maduro assinar um acordo com a oposição para a realização de eleições presidenciais ‘livres e justas’ no ano de 2024.
Fonte: G1 – Política
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