Eleições na Venezuela em 28 de julho; líder da oposição não competirá. Anúncio feito em audiência no Senado sobre conflito em Gaza.
Durante a participação em uma audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro de Relações Exteriores reforçou a importância do diálogo em relação às eleições presidenciais na Venezuela, que acontecerão no dia 28 de julho, data do aniversário do ex-presidente Hugo Chávez. Segundo o ministro, a postura do governo brasileiro é de intensa busca pelo diálogo, afirmando que essa tem sido a abordagem desde a gestão da presidente Dilma Rousseff.
Em relação à situação política na Venezuela, o ministro salientou a importância da negociação como ferramenta para resolver os impasses, afirmando que o diálogo é essencial para a busca de soluções pacíficas e democráticas. O ministro ressaltou a postura do Brasil em favor do diálogo como princípio fundamental em suas relações internacionais.
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Diálogo e eleições presidenciais na Venezuela
Recentemente, foi anunciado que o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, irá concorrer à reeleição nas eleições venezuelanas. No entanto, uma possível candidatura de María Corina Machado, líder da oposição, foi inabilitada pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado a Maduro. Como resultado, a oposição terá que encontrar outro candidato para concorrer.
Em relação a esse assunto, o presidente Lula comentou sobre as eleições na Venezuela. Ele destacou que, quando foi impedido de concorrer às eleições presidenciais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, indicou outro candidato, Fernando Haddad, em vez de ficar lamentando sua situação. Além disso, expressou o desejo de que as eleições na Venezuela sejam as mais democráticas possíveis. Essas declarações foram reforçadas pelo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Lula e a chancelaria de Israel
Durante uma audiência pública, Mauro Vieira ressaltou a posição de Lula quanto ao conflito na Faixa de Gaza, expressando que o presidente sente uma ‘profunda indignação’ em relação à situação. Em fevereiro, Lula comparou a guerra entre Israel e Hamas ao Holocausto, causando tensões com o governo israelense, que o declarou Persona non grata.
As declarações foram vistas como uma maneira sincera de valorizar a vida humana, segundo Vieira, que também lamentou a forma como Lula foi tratado pela chancelaria de Israel. Ele destacou que o ex-presidente foi o primeiro chefe de Estado brasileiro a visitar Israel, em 2010.
Viagem à Palestina e negociações
Em um comunicado divulgado recentemente, o Ministério das Relações Exteriores informou que Mauro Vieira fará uma viagem à Palestina nos próximos dias, juntamente com outros países. A viagem busca abordar questões regionais de relevância e interesse mútuo, especialmente o conflito e a crise humanitária na Faixa de Gaza, além de discutir a possibilidade de alcançar uma paz duradoura no Oriente Médio.
O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, e Mauro Vieira também tratará de temas como cooperação técnica, comércio e investimentos durante a viagem ao Oriente Médio.
Fonte: G1 – Política
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