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Pesquisadores destacam que as consequências da lentidão na rotação da Terra ainda são especulações.
Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) descobriram, em uma pesquisa recente, que o núcleo, no interior Terra, está passando por um processo de desaceleração em comparação com a superfície terrestre. Essa revelação levanta questionamentos sobre os possíveis impactos desse fenômeno, como alterações na rotação do planeta e suas consequências para a vida na Terra.
Além disso, os estudiosos sugerem que essa desaceleração do núcleo pode ter relação com o centro da Terra, influenciando diretamente em sua dinâmica interna. Essa conexão entre o núcleo e o centro do planeta abre novas perspectivas para a compreensão dos processos geológicos que moldam nosso mundo, revelando a complexidade e a interdependência dos elementos que compõem a estrutura terrestre.
O Mistério do Núcleo Interior da Terra
A recente pesquisa, divulgada na Nature, trouxe à tona novas descobertas sobre o núcleo interior da Terra. O debate sobre a rotação do centro da Terra tem sido intenso entre os cientistas, com algumas teorias sugerindo que sua velocidade supera a da superfície do planeta. No entanto, o estudo realizado pela USC apresenta evidências surpreendentes de que o núcleo interior está, na verdade, desacelerando desde 2010, movendo-se mais lentamente do que a crosta terrestre.
A Importância do Núcleo Interior para a Terra
John Vidale, renomado professor de Ciências da Terra, destaca que essa desaceleração pode ter consequências na duração dos dias terrestres, ainda que imperceptíveis para a maioria das pessoas. O núcleo interior, uma esfera sólida de ferro-níquel, é essencial para a estabilidade do planeta, influenciando diretamente em seu campo magnético e nos movimentos gravitacionais.
Explorando o Núcleo Interior da Terra
Com o tamanho aproximado da Lua e localizado a mais de 4.800 quilômetros abaixo de nossos pés, o núcleo interior é um mistério inacessível aos cientistas. Utilizando ondas sísmicas de terremotos, os pesquisadores conseguem mapear seu movimento e estudar suas características. A análise de abalos sísmicos, incluindo terremotos repetidos, tem sido fundamental para compreender a dinâmica do núcleo interior.
Novas Descobertas e Desafios Científicos
O estudo compilou dados de 121 terremotos repetidos ocorridos entre 1991 e 2023, além de testes nucleares realizados no passado. A desaceleração do núcleo interno, segundo Vidale, é resultado da interação com o núcleo externo e as camadas rochosas sobrepostas. Essa descoberta desafiadora abre caminho para novas pesquisas e modelos científicos, contribuindo para uma compreensão mais profunda do núcleo interior da Terra e seus efeitos no planeta.
Fonte: © CNN Brasil
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