Ministro de Minas e Energia fala sobre venda de térmicas da Eletrobras, MP para viabilizar energia no Amazonas e reequilíbrio financeiro.
A polêmica que envolve a Amazonas Energia, distribuidora responsável por fornecer energia elétrica aos 62 municípios do Estado, teve um desdobramento inesperado na sexta-feira, 12 de julho.
A crise enfrentada pela Amazonas Energia vem gerando discussões acaloradas, com a participação de diversos setores interessados, conforme reportado pelo NeoFeed. A situação da distribuidora de eletricidade continua sendo motivo de preocupação para a população local e autoridades governamentais.
Crise na Amazonas Energia: Medida Provisória e Polêmicas
No cenário atual, a crise na Amazonas Energia tem sido um tema recorrente, principalmente após a publicação da medida provisória (MP) 1.232 de 2024, em 13 de junho, com o intuito de trazer soluções para a distribuidora de eletricidade. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, enfatizou que a MP não tinha como foco beneficiar a Âmbar Energia, pertencente ao grupo J&F, apesar das especulações em torno disso.
Segundo Silveira, o conteúdo da MP estava disponível no site do MME desde fevereiro, abordando questões como o reembolso da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) e a definição de referenciais regulatórios. A publicação prévia da medida contrasta com a conclusão da negociação envolvendo a Âmbar Energia e as termelétricas da Eletrobras.
A situação crítica da Amazonas Energia remonta a fevereiro, quando o MME divulgou um extenso relatório sobre a sustentabilidade da concessão de distribuição de energia no Amazonas. O histórico da concessão desde 2001 até a gestão do grupo Oliveira Energia, em 2019, foi detalhado, destacando a necessidade de reequilíbrio financeiro.
Um ponto crucial foi o reembolso de R$ 3 bilhões em CCC para a Amazonas Energia, visando garantir a continuidade da concessão. No entanto, a incapacidade da Oliveira Energia em viabilizar a concessão levou a um impasse. Em julho de 2023, um grupo de trabalho foi formado para avaliar alternativas, como a caducidade da concessão ou a transferência de controle societário.
De acordo com o NeoFeed, a Amazonas Energia enfrenta uma dívida significativa, incluindo R$ 3,6 bilhões com a Eletronorte e mais R$ 5,6 bilhões em aberto. Esses valores, presentes no balanço financeiro da empresa, totalizam cerca de R$ 10 bilhões, decorrentes da compra de energia de termelétricas.
A negociação envolvendo a Amazonas Energia atraiu a atenção do mercado de energia, com a Âmbar Energia ingressando tardiamente. A Eletrobras alertou os concorrentes sobre o risco de inadimplência dos contratos das termelétricas, o que gerou controvérsias. Apesar disso, a Âmbar decidiu assumir o desafio, considerando o contexto mais amplo das negociações.
Fonte: @ NEO FEED
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