Acertar no chute não basta, é preciso conhecer a Teoria de Resposta ao Item e o Guia do Participante do Exame Nacional do Ensino Médio.
Imagine que você já concluiu o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, tendo preenchido corretamente o seu cartão-resposta e entregado a folha de redação ao fiscal de sala. Agora, é só aguardar o resultado.
Para quem está se preparando para o Enem, é fundamental entender a estrutura da prova objetiva e como ela é avaliada pelo Instituto Nacional de Estudos. Além disso, é importante lembrar que o Exame Nacional é uma oportunidade para os estudantes demonstrarem seus conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo do ensino médio. A preparação é fundamental para o sucesso!
Entendendo o Cálculo das Notas do Enem
Ao sair do local de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), você saberá calcular a nota final conquistada? A nota da prova objetiva do Enem não leva em conta apenas o número de questões corretas, mas também a coerência das respostas do participante no conjunto das 180 questões objetivas que compõem o exame. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza o Guia do Participante – Entenda sua nota no Enem para ajudar os participantes e o público em geral a compreenderem como é feito o cálculo da pontuação.
O Guia do Participante explica a metodologia usada para correção das provas do Enem: a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Os critérios adotados para o cálculo têm o objetivo de medir a proficiência do participante em quatro áreas do conhecimento: matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas. O uso da TRI no cálculo dos resultados não altera a dificuldade da prova, mas contribui para detalhar melhor as notas, o que ajuda a evitar grande número de empates.
Teoria de Resposta ao Item e Critérios de Cálculo
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) usa cálculos matemáticos para avaliar a habilidade e o conhecimento de um concorrente em testes de múltipla escolha como o Enem. No cálculo da nota, este modelo estatístico observa a particularidade de cada questão da prova. O peso de cada item no cálculo total leva em conta três variáveis, chamadas parâmetros, que definem os valores de mínimo e máximo da prova.
O parâmetro de discriminação diferencia os participantes que dominam dos que não dominam o que é avaliado pela questão. O parâmetro de dificuldade avalia a complexidade da questão, e quanto mais difícil o item, maior seu valor. O acerto casual (chute) considera a probabilidade de um participante acertar a questão sem dominar a habilidade exigida. Pelos três parâmetros, duas pessoas com a mesma quantidade de acertos e de erros podem ter notas diferentes, pois tudo depende de quais questões estão certas ou erradas.
Toshio Nakamura, diretor e professor de matemática do colégio Galois, em Brasília, que prepara alunos do ensino médio para o Enem, explica que a TRI não leva em conta apenas o número de acertos, mas também a coerência das respostas ao conjunto de questões. ‘Se acertar uma questão difícil e errar outra fácil, o candidato não vai ganhar os pontos da difícil. Levará uma pontuação menor porque o Inep considera que o participante acertou porque chutou o item. Então, para que a questão difícil valha mais, é necessário que ele tenha acertado a questão fácil.’
O sistema de correção do Enem vai além do simples cálculo de acertos e erros, considerando a coerência das respostas e a dificuldade das questões. Isso permite uma avaliação mais precisa da proficiência do participante em cada área do conhecimento.
Fonte: © A10 Mais
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