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Estudo mostra: fundos conservadores nem sempre têm taxas menores. Algumas exceções desafiam a regra de gestão simples.
Uma pesquisa realizada pela plataforma de análise de dados financeiros Quantum Finance revelou que as taxas de gestão dos fundos de investimento podem chegar a altíssimos 8% ao ano nos fundos de ações. Já nos fundos multimercados, a taxa é de 3%, enquanto nos de renda fixa é de 2%.
Além das taxas de administração, é importante considerar outros aspectos que impactam os investimentos, como os encargos e os custos envolvidos na administração dos fundos. Esses elementos podem influenciar significativamente a rentabilidade final do investidor, tornando essencial uma análise detalhada antes de tomar decisões financeiras. estudo
Estudo sobre Taxas de Administração em Diferentes Modalidades de Produtos
Uma empresa realizou um estudo minucioso para levantar as taxas médias de administração cobradas dos cotistas em diversas modalidades de produtos financeiros. Esse levantamento é fundamental para os investidores avaliarem se as taxas de administração são vantajosas ou onerosas nos fundos nos quais desejam investir ou nos produtos já presentes em suas carteiras.
As taxas de administração são encargos cobrados dos cotistas para que os fundos possam arcar com os serviços necessários para seu funcionamento, tais como administradores, analistas, gestores e plataformas de investimentos que distribuem os fundos. Essa cobrança incide sobre o valor total investido pelo cotista e é descontada automaticamente. Portanto, quanto maior o investimento, maior será o valor a ser pago em taxas.
Em teoria, os fundos mais conservadores, com estratégias de gestão simples, costumam ter taxas menores em comparação com fundos que adotam táticas mais sofisticadas. No entanto, há exceções a essa regra. Por vezes, fundos conservadores podem apresentar taxas elevadas, sendo crucial ficar atento a esses encargos para evitar custos excessivos que possam impactar a rentabilidade do investimento.
É importante ressaltar que não há um limite máximo estabelecido para a regulação das taxas de administração. Por exemplo, os fundos de ações têm o custo médio mais alto, atingindo 1,37% ao ano, conforme o estudo. Em seguida, os fundos multimercados, que mesclam investimentos em renda fixa e variável, apresentam uma taxa média mais elevada, de 0,90% ao ano. Já os fundos cambiais, voltados para investimentos em moedas estrangeiras, possuem uma taxa média de 0,83% ao ano, enquanto os fundos de renda fixa têm a menor média, de 0,61% ao ano.
Analisando os custos de acordo com as estratégias dos fundos, observa-se que, nos fundos de ações, os mais caros são os de ‘small caps’, com uma taxa média de 2,39% ao ano. Por outro lado, os fundos de ações mais baratos são aqueles que investem no exterior, com uma média de 0,87% ao ano. Surpreendentemente, alguns fundos com gestão simplificada apresentam taxas mais elevadas, como os que investem em apenas um ativo, com uma média de 1,43% ao ano, e os indexados, que acompanham um indicador de mercado, com uma média de 1,09% ao ano.
Dentro da categoria de fundos multimercados, os mais caros são os long short direcionais, com uma média de 1,61% ao ano, enquanto os mais baratos são os de capital protegido, com uma média de 0,50% ao ano. No segmento de fundos de renda fixa, os mais caros são os de duração média grau de investimento, com uma média de 0,98% ao ano, e os mais baratos são os de duração alta soberano, com uma média de 0,30% ao ano.
Essa pesquisa destaca a importância de analisar cuidadosamente as taxas de administração ao escolher entre diferentes modalidades de produtos financeiros, garantindo que os encargos cobrados estejam alinhados com as estratégias de investimento e os objetivos de cada investidor.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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