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Analistas apontam pressão no mercado brasileiro devido ao real desvalorizado e alta nos preços de commodities e varejistas de alimentos.
O Banco Itaú BBA divulgou hoje suas ações preferidas no comércio varejista, nas áreas de produção de papel e celulose, mineração e metalurgia, e também em empresas de transporte.
Além disso, o relatório destaca a importância dos investimentos nessas áreas para o crescimento das empresas e a diversificação de papéis no mercado financeiro.
Ações em destaque no mercado brasileiro
A equipe de analistas ressalta os fatores de pressão que impactam o mercado nacional, como a desvalorização do real e a elevação dos preços das commodities, favorecendo as empresas exportadoras. Apesar disso, há projeções otimistas para certos papéis do varejo e de transporte, cujos movimentos podem se diferenciar do cenário em deterioração.
Desempenho das empresas de varejo
No segundo trimestre, as dinâmicas operacionais das empresas varejistas devem enfrentar pressões, com Guararapes, Grupo SBF, Magazine Luiza, Carrefour Brasil e Lojas Quero-Quero destacando-se pelas melhores tendências de margens, de acordo com o Itaú BBA. Os analistas liderados por Thiago Macruz afirmam que varejistas de alimentos como Assaí e Grupo Mateus demonstram resiliência nas margens, enquanto GPA avança na recuperação e Carrefour Brasil registra o maior crescimento do setor.
Variações no comércio eletrônico
No cenário do comércio eletrônico, a Magazine Luiza se beneficiará da contínua ênfase na recuperação da rentabilidade e nas lojas físicas. Por outro lado, o Mercado Livre enfrentará uma desaceleração no crescimento devido ao aumento nos investimentos.
Perspectivas para diferentes varejistas
Em varejistas de alta renda, as margens devem sofrer pressão geral, com Arezzo, Track & Field e Vivara impactadas pelos investimentos para impulsionar as vendas. Guararapes e Grupo SBF, por outro lado, devem manter um crescimento consistente de margens. C&A continuará com boas tendências operacionais, enquanto Lojas Renner terá um crescimento mais moderado. Lojas Quero-Quero, apesar da redução nas receitas devido às chuvas no Rio Grande do Sul, manterá boas margens.
Desempenho de Smart Fit e CVC
Prevê-se uma desaceleração nos números da Smart Fit em comparação anual, enquanto a CVC continua a ser impactada pelas operações na Argentina.
Destaque para indústrias exportadoras
As empresas do setor de papel e celulose devem se destacar na temporada de resultados do segundo trimestre entre as exportadoras de commodities, impulsionadas pelos melhores preços da celulose, de acordo com o Itaú BBA. Suzano deve apresentar um crescimento de pelo menos 27% em seu Ebitda, enquanto a Klabin deve registrar um aumento de 21%, com o preço da celulose se aproximando de US$ 700 a tonelada na China.
Resultados das mineradoras
Em seguida, as mineradoras, como Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e CSN Mineração, devem apresentar resultados mais fortes sequencialmente, devido a embarques mais robustos de minério de ferro. O Ebitda da Vale deve crescer 16%, enquanto o da CSN deve aumentar 22%, impulsionado pelo desempenho positivo da CSN Mineração.
Desempenho da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA)
A CBA também deve se destacar positivamente, com o Ebitda praticamente dobrando, atingindo R$ 320 milhões, impulsionado pelos preços mais altos do alumínio, melhores volumes, menores custos e dólar mais valorizado. Por outro lado, as siderúrgicas ainda enfrentarão resultados fracos, devido à pressão nos preços do aço no Brasil e na América do Norte.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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