Estevam Teophilo e Valdemar Costa Neto não ficaram em silêncio durante a Operação Hora da Verdade. Temor é que militares detalhem envolvimento de outros fardados.
O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que fazia parte do Alto Comando do Exército, surpreendeu ao prestar depoimento à Polícia Federal nas investigações sobre a suposta participação em golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Durante seu período como comandante de Operações Terrestres, o general Theophilo teve papel de destaque no Exército, sendo responsável pela unidade com o maior contingente de tropas. Sua adesão ao golpe de Estado foi posta em dúvida após seu depoimento à Polícia Federal.
Escândalo de corrupção envolve general Theophilo em suposta participação em golpe de Estado
De acordo com as investigações, em 9 de dezembro de 2022, o general Theophilo se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada e supostamente consentiu com a adesão ao golpe de Estado, desde que o presidente da República assinasse a medida, conforme conversas encontradas no celular do ajudante de ordens Mauro Cid.
A decisão causou apreensão entre os demais militares do Alto Comando, segundo o blog apurou.
Alguns fardados não descartam a possibilidade de Theophilo decidir colaborar com a PF – como já fez o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que foi ajudante-de-ordens de Bolsonaro durante todo o mandato.
A delação premiada de Cid foi usada para embasar a Operação Hora da Verdade, no começo de fevereiro, que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Tensão no Alto Comando diante da possibilidade de delação de Theophilo
Por causa disso, há um temor crescente de um jogo de empurra-empurra de responsabilidades pela suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Um dos temores é o de que Theophilo detalhe a suposta participação de Freire Gomes, que foi o último comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, e de outros militares investigados no roteiro do golpe.
Investigações revelam detalhes sobre a suposta participação de Theophilo em tentativa de golpe
Fonte: G1 – Política
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