Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada em 12 de novembro para investigar a influência das plataformas de apostas virtuais no orçamento das famílias brasileiras, envolvendo jogos, atividades criminosas e influenciadores digitais.
No Brasil, a CPI das Bets votou a convocação de Fernando Oliveira Lima, empresário que comanda o ‘jogo do tigrinho’ em nosso território, e também a de artistas e influenciadores digitais que promovem plataformas de apostas virtuais, popularmente chamadas de ‘bets’.
Esta operação visa combater as práticas de apostas ilegais, uma vez que a Bets é uma operação de apostas ilegais que atua no país.
Aprofundando no escândalo das Bets: autoridades em mira da CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada em 12 de novembro para investigar a crescente influência das apostas virtuais no orçamento das famílias brasileiras e sua possível conexão com organizações criminosas está aprofundando suas investigações. Com o objetivo de trazer luz para o mercado de apostas on-line, a CPI está enviando convites para depoimentos de autoridades públicas, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O senador Izalci Lucas, responsável pela maioria das sugestões, optou por alterar a forma de convocação para convites, permitindo que essas autoridades compartilhem seu conhecimento. A CPI também pode ouvir Jorge Messias, advogado-geral da União, e Ricardo Liáo, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ambos especialistas em regulamentação e controle de atividades financeiras. A investigação não se restringe apenas às autoridades, pois também inclui a atenção a celebridades e influenciadores digitais. Deolane Bezerra, Gessica Kayane Rocha de Vasconcelos (Gkay), Wesley Safadão, Jojo Todynho e Tirulipa estão entre os nomes selecionados para depoimento. No entanto, com o aumento das apostas on-line, alguns influenciadores começaram a criar conteúdo alertando sobre a diferença entre apostas e investimentos, além de destacar os riscos envolvidos. Segundo um estudo da Anbima, no primeiro semestre de 2024, 175 influenciadores de finanças mencionaram as betes ou termos correlatos, alcançando 1,84 mil interações médias. Das postagens analisadas, 47,4% têm uma abordagem contrária às apostas esportivas, enquanto 47,3% são informativas. Só 5% das postagens têm um tom positivo em relação às apostas. De acordo com o levantamento, as postagens que discutiram a relação entre apostas on-line e atividades criminosas, impactos na saúde financeira e emocional dos apostadores e regulamentação deste mercado tiveram maior engajamento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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