Aumento de 500% na procura por repelentes em farmácias surpreende as redes farmacêuticas. Empresas de repelentes relatam aumento na demanda.
Com a crescente preocupação com a Dengue, a procura por repelentes aumentou significativamente no Brasil, tornando-se uma das principais formas de proteção contra o mosquito. A falta de insumos para a produção do produto é um dos principais receios da indústria e das grandes redes farmacêuticas no país.
Além dos repelentes, também houve um aumento na procura por produtos para afastar mosquitos e inseticidas, de acordo com associações do setor. Redes de farmácias e a indústria confirmaram ao blog que a demanda pelos produtos teve um aumento de 500% comparando o mês de novembro de 2023 com fevereiro deste ano, mostrando a preocupação da população em se proteger contra os mosquitos transmissores da Dengue.
Empenho das empresas em aumentar a produção de repelentes
Segundo as fabricantes, elas estão aumentando turnos de trabalho para atender à procura por repelentes e também antecipando a compra de matéria prima para garantir o abastecimento do produto. Algumas empresas estão até pagando pelo transporte aéreo para trazer a matéria-prima de fabricação de repelentes ao Brasil, devido ao aumento na demanda.
As empresas utilizam três princípios ativos para fabricar repelentes, sendo o mais utilizado a icaridina, essencial para afastar mosquitos.
Análise da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, representante do setor, não menciona a falta de repelentes no mercado, porém reconhece que a demanda está muito acima do previsto pelos fabricantes. A entidade também informou que solicitou à Anvisa a aprovação de novos repelentes, devido ao aumento na procura por esse tipo de produto.
Estoques de repelentes nas redes de farmácias
A associação das redes de farmácias também não fala em escassez de repelentes neste momento. No entanto, duas grandes redes farmacêuticas informaram que seus estoques devem durar até abril, período em que aguardam a chegada do ativo dos repelentes, trazido por navios devido à inflamabilidade da matéria-prima.
Preocupações e cenário futuro
O CEO da Henlau Química, Norberto Afonso, revelou que estão com um prazo de 45 a 60 dias para que chegue o ativo dos repelentes ao Brasil, devido à dificuldade no transporte. Já o diretor comercial da fabricante Cimed, Adibe Marques, expressou preocupação com o cenário, destacando que a matéria-prima do produto é importada e que o cenário de produção está coberto até abril, mas que a confirmação para o período após maio ainda não ocorreu. As empresas do setor estão empenhadas em lidar com a demanda crescente por repelentes, buscando garantir o abastecimento do produto no mercado.
Fonte: G1 – Política
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