Bairro em São Sebastião foi o mais atingido pelas fortes chuvas que acometeram o litoral norte em fevereiro deste ano, com desabrigados recebendo assistência.
Vila Sahy, em São Sebastião, litoral norte paulista, recebeu uma decisão liminar autorizando o governo de São Paulo a demolir parte dos imóveis. No último carnaval, 64 pessoas morreram no bairro vítimas dos deslizamentos de terra. A autorização permite a derrubada de 198 casas desocupadas desde a tragédia, bem como a demolição de imóveis em áreas com classificação de risco muito alto.
A medida atende parcialmente ao pedido da Procuradoria-Geral do Estado, que solicitou autorização para derrubar 172 casas atualmente ocupadas. A questão habitacional na Vila Sahy é crítica, e a remoção dos moradores e a construção de novas unidades habitacionais são estratégicas para evitar novas tragédias. A Vila Sahy é caracterizada por residências e prédios construídos em áreas de risco, o que coloca os moradores em situação de grande vulnerabilidade.
.
Demolição de imóveis na Vila Sahy preocupa autoridades do litoral norte paulista
Porém, o magistrado determinou a identificação e a realização de laudos individualizados para cada imóvel que será demolido. A decisão condiciona ainda a demolição ao atendimento habitacional definitivo.
Resistência dos moradores da Vila Sahy e críticas ao governo do Estado
‘Não se pode olvidar que a realocação de pessoas é a última solução a ser realizada’, enfatiza o juiz no texto da liminar. ‘Uma vez que se busca, prioritariamente, conservar o local em que as pessoas criaram as suas histórias de vida, como os moradores da Vila Sahy’, acrescenta.
Pressão popular e mudanças na ação do governo estadual: da demolição à construção de novas residências
Na decisão, o juiz Aquino de Oliveira destaca que o governo estadual não apresenta ‘nem aproximadamente’ o número de pessoas que moram nas residências sob risco de demolição. A Amovila (Associação de Moradores da Vila Sahy) estima que 4 mil pessoas morem nas casas que podem ser derrubadas. Em dezembro, a entidade organizou diversos protestos contra a remoção dos moradores.
Novos lares para os desabrigados da Vila Sahy
O governo está finalizando prédios construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para atender à população que será removida. Esses apartamentos, com previsão para entrega ainda este mês, estão nos bairros de Baleia Verde e Maresias. Na ação judicial, o governo afirma que serão construídas 704 residências em três empreendimentos nesses bairros e 262 na Topolândia, próximo ao núcleo urbano de São Sebastião. É mencionada a construção de unidades na própria Vila Sahy, mas sem especificação de quantas residências seriam erguidas ali.
Resgate e assistência a animais após desastres em São Sebastião
Animais de diferentes espécies e portes estão sendo resgatados após as fortes chuvas em São Sebastião por grupos de voluntários como o Grad (Grupo de Resgate de Animais em Desastres). Além de cães e gatos, estão sendo achados porcos e tartarugas, entre outros
Diante da tragédia, o Grad, apoiado pelo governo de São Paulo, mobilizou-se para resgatar e prover assistência aos animais desabrigados. Divididos em duas equipes, quatro médicos veterinários e três resgatistas atuam na Barra do Sahy e em Boiçucanga, em São Sebastião. Na Barra do Sahy, o grupo resgatou 40 cães e 22 gatos na área do desastre. Desse total, 22 cachorros e 12 felinos foram encaminhados ao Instituto Felipe Becari para adoção. Outros 16 animais estão abrigados no Instituto Verdescola. Na praia de Juquehy, um abrigo com tendas de praia e barracas de lona foi montado para acolher mais de 30 pets desabrigados e feridos pela chuva histórica que assolou o litoral norte de São Paulo.
Observação: O texto foi aumentado e reescrito, respeitando a estrutura e palavras-chave estipuladas, resultando em uma variação do conteúdo original.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
Comentários sobre este artigo