O ministro Cristiano Zanin do STF estabeleceu rede de contatos com magistrados para influenciar decisões judiciais.
A denúncia de corrupção dentro dos altos círculos do poder no Brasil ainda aumenta a cada dia, demonstrando a necessidade de ações mais incisivas para combater o mal que se espalha por todos os setores.
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há indícios de um verdadeiro comércio de decisões judiciais entre alguns servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um lobista. Isso sugere uma lavagem de consciências que pode ser muito difícil de limpar, como uma corrupção que se enraíza profundamente em contratações irregulares. A corrupção já se tornou um problema comum em muitos setores, e é hora de se pensar em soluções eficazes para combater isso.
Operação desmonta esquema de corrupção no STJ
A Polícia Federal deflagrou uma operação na terça-feira para prender suspeitos e recolher documentos relacionados a um esquema de corrupção no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre os alvos da operação está o empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, que teve uma ‘decisiva função no verdadeiro comércio de decisões judiciais no STJ’, segundo o procurador-geral da República, Augusto Aras.
A decisão sigilosa foi obtida pelo GLOBO e revela que Gonçalves estabeleceu uma rede de contatos com magistrados, assessores de ministros e intermediários para auferir benefícios derivados de decisões judiciais e informações privilegiadas. A defesa de Gonçalves disse que não se manifestará, pois ainda não teve acesso ao inquérito.
Rede de corrupção envolvia lavagem de contratos
A investigação do esquema de venda de sentenças no STJ começou em dezembro de 2023, quando a Polícia Civil identificou mensagens no celular de um advogado assassinado no Mato Grosso tratando de uma suposta compra de sentenças formuladas por assessores, chefes de gabinete e desembargadores. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que compartilhou as informações com o STJ e acionou a Polícia Federal.
No decorrer das investigações, foram descobertos indícios de envolvimento de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. A PF apura a suposta prática dos crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. Conforme investigação, os alvos solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses.
Contratação irregular entre magistrados
Em entrevista ao GLOBO em outubro, o presidente do STJ, Herman Benjamin, afirmou que o caso já vinha sendo alvo de apuração interna da própria Corte: ‘O constrangimento é coletivo. Nós, os ministros, e os próprios servidores, estamos muito vulneráveis ao mau uso por uma minoria da minoria deste poder que cada um tem de trabalhar uma decisão judicial que depois será assinada por um juiz. Nós estamos investigando isso internamente. A Polícia Federal também. Espero que em breve nós tenhamos isso definido.’
A investigação revelou que a rede de corrupção envolvia lavagem de contratos e a contratação irregular de magistrados e assessores. Além disso, descobriu-se que os alvos da investigação solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses.
Decisões judiciais estabeleceram rede de corrupção
A decisão sigilosa obtida pelo GLOBO revela que os magistrados e assessores envolvidos estabeleceram uma rede de corrupção para auferir benefícios derivados de decisões judiciais e informações privilegiadas. A rede de corrupção envolvia lavagem de contratos e a contratação irregular de magistrados e assessores.
A investigação do esquema de venda de sentenças no STJ começou em dezembro de 2023 e envolveu a Polícia Civil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o STJ e a Polícia Federal. O caso é considerado um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil.
Fonte: © Direto News
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