Documentos indicam gestora de fundo fez alocações fora do previsto. Ela também foi multada e assinou um Termo de Compromisso para evitar infrações semelhantes em investimentos de recursos. O processo administrativo foi aberto.
A rejeição da proposta da More Invest Gestora de Recursos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um passo importante no processo de investigação sobre as irregularidades na gestão do Índico Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado. A investigação visa esclarecer possíveis má administração e gestão por parte da gestora.
A gestora, responsável por gerenciar o fundo de investimento, enfrenta questionamentos sobre a forma como administra os recursos. A CVM, como órgão regulador, tem o papel de garantir a transparência e a eficiência na gestão dos fundos de investimento. Em casos de suspeitas de irregularidades, a gestora deve atuar com transparência e cooperação para esclarecer as questões suscitadas.
Gestora e Administrador: Investigação de Infrações
A gestora de recursos financeiros enfrentou uma severa punição, com multa de R$ 100 mil reais, após uma decisão do colegiado, tomada em 5 de abril. O processo administrativo, instaurado pela Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN), apurou supostas infrações cometidas pela gestora no período de 29 de agosto de 2014 a 6 de setembro de 2016, enquanto administradora do Índico Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado, entre 25 de setembro de 2014 e 6 de setembro de 2016.
A gestora propôs um Termo de Compromisso para encerrar o processo, oferecendo pagar à CVM, em três parcelas, o valor de R$ 500 mil. No entanto, a análise documental revelou um lucro significativo de cerca de R$ 150 milhões, o que levou o colegiado a rejeitar a proposta. A decisão enfatizou a necessidade de uma quantia proporcional e suficiente para corrigir o suposto ilícito e atender as finalidades do termo de compromisso, inclusive para inibir a prática de infrações semelhantes no mercado.
O processo administrativo foi instaurado para apurar a suposta realização de operação fraudulenta na carteira de investimentos da UEG Araucária Ltda., entre 29 de agosto de 2014 e 6 de setembro de 2016, por parte da gestora. Além disso, a gestora também foi acusada de realizar operações fraudulentas no Índico Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado, entre 25 de setembro de 2014 e 6 de setembro de 2016.
De acordo com a política de investimentos estabelecida no contrato, a carteira da Uega deveria ser composta exclusivamente por ativos de renda fixa, permitindo operações com derivativos apenas para proteção dos investimentos. No entanto, foi constatado que os investimentos estavam em desacordo com o previsto, o que levou à investigação da gestora.
A proposta da gestora foi rejeitada, considerando a discrepância entre os valores oferecidos para encerrar o processo e a soma dos lucros obtidos. A gestora agora enfrenta uma multa significativa e a possibilidade de outras conseqüências legais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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