A AFL denunciou órgãos federais e estaduais por discriminação de homens brancos em políticas de contratação e diversidade.
A entidade Brasil Primeiro Legal (BPL) divulgou nesta quinta-feira (6/6) que protocolou queixas em um órgão federal e outro estadual contra o promotor Alvin Bragg — conhecido por processar com êxito o ex-presidente republicano Donald Trump por suborno a uma atriz pornô — devido à sua estratégia de seleção e contratação de funcionários que, segundo as acusações, envolve discriminação de homens brancos e asiáticos.
Essas ações destacam a importância de combater o preconceito e a desigualdade no ambiente de trabalho, visando promover a inclusão e a diversidade. A exclusão de determinados grupos étnicos ou de gênero pode gerar impactos negativos na sociedade, reforçando a necessidade de políticas e práticas mais justas e equitativas.
Associação que denunciou promotor foi criada para apoiar Donald Trump
Uma entidade denominada AFL, que se autodenomina uma ‘organização jurídica’, foi fundada em 2021 com o objetivo de promover o projeto político de Trump, apoiá-lo contra ações judiciais e combater os ‘inimigos da direita’. A AFL, liderada pelo ex-conselheiro de Trump Stephen Miller, que não é advogado, tem como alvo as políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) adotadas por diversas empresas e organizações.
A AFL apresentou denúncias à Equal Employment Opportunity Commission (EEOC) e ao New York Department of Labor, alegando que a política de diversidade do promotor Alvin Bragg viola a Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei de Direitos Humanos do Estado de Nova York. A entidade argumenta que a promessa de ‘construir uma força de trabalho diversificada’ resulta em discriminação de homens brancos, prejudicando a igualdade de oportunidades.
Além disso, a AFL moveu ações judiciais contra empresas como Disney, Nike, Mattel, Hershey, United Airlines, Tyson Foods, Macy’s, Anheuser-Busch e a National Football League (NFL), que adotam políticas de DEI. A organização também contestou distritos escolares em Pensilvânia, Virgínia, Maryland e Arizona, acusando-os de promover ‘atitudes radicais pró-transgêneros e pró-gays’.
Suspensão de fundos para empresárias negras
O Tribunal Federal de Recursos da 11ª Região bloqueou temporariamente as operações da Fearless Fund, uma firma de capital de risco sediada em Atlanta, no estado da Geórgia, que fornece fundos a empresas de propriedade de mulheres negras. A decisão foi tomada por um colegiado de três juízes, sendo dois nomeados por Trump e um pelo ex-presidente Barack Obama.
Os juízes argumentaram que o programa da Fearless Fund ‘provavelmente discrimina empresas de propriedade de outras raças’, violando a seção 1.981 da Lei de Direitos Civis de 1986, que proíbe o uso de raça na realização de contratos. Essa lei foi criada para garantir a igualdade de direitos e oportunidades, sem discriminação com base em raça, cor ou condição anterior de escravidão.
A decisão do tribunal destaca a importância de combater a discriminação e promover a igualdade em todas as esferas da sociedade, reforçando a necessidade de respeitar os direitos civis e as leis que protegem a diversidade e a inclusão.
Fonte: © Conjur
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