Planalto vê briga entre Silveira e Jean Paul Prates como ‘origem’ da crise na Petrobras, impactando imagem do governo e mercado financeiro.
A crise que afetou negativamente as ações da Petrobras nos últimos dias foi atribuída pelo entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à guerra já conflagrada entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates.
As duas autoridades se desentendem desde o início do governo, e esta disputa é vista atualmente por ministros e assessores próximos de Lula como fator de instabilidade.
O receio é de que essa crise possa respingar na imagem do governo e prejudicar ainda mais a situação já delicada.
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Crise na Petrobras: Conflito e instabilidade na retenção de dividendos
Segundo informações de interlocutores do Executivo e da Petrobras, a diretoria da estatal – sob a batuta de Prates – vinha trabalhando para reter apenas 50% dos dividendos extraordinários. O entendimento, inclusive, vinha sendo passado ao mercado financeiro.
A decisão de reter 100% e distribuir apenas os dividendos ordinários foi tomada sob influência dos conselheiros indicados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Casa Civil. Essa disputa interna tem gerado instabilidade no entorno da estatal e causado uma grande queda de braço entre as autoridades envolvidas.
Por esta razão, o próprio Prates, Jean Paul Prates, absteve-se na votação, evidenciando a crise interna que se instaurou na Petrobras.
Entorno da crise: Imagem do governo e dividendos extraordinários
Fontes do Planalto afirmam que Lula já foi alertado que o conflito entre o ministro de Minas e Energia e o presidente da principal estatal controlada pelo governo precisa acabar. Essa disputa tem afetado a imagem do governo e gerado preocupação no mercado financeiro.
Lula já pensou em trocar Prates no ano passado. Em discussões com assessores, foi inclusive levado a ele o nome da número 2 da Casa Civil, Miriam Belchior, como uma possível solução para a crise. No entanto, o presidente da República disse que não queria tirar Miriam da Casa Civil, evidenciando as dificuldades em encontrar uma saída para a situação.
Fonte: G1 – Política
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