O Copom do Banco Central elevou em 1,00 ponto percentual a taxa básica de juros.
Com o aumento da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu aplicar um ajuste na Selic, elevando-a em 1,00 ponto percentual, o que leva a taxa a 12,25% ao final do ano.
Essa variação inflacionária impacta diretamente os negócios, pois a taxa básica de juros serve de referência para os bancos comerciais ao criar os pacotes de empréstimos para o consumidor. Com a Selic mais alta, esses pacotes de gastos acabam ficando mais caros, o que pode afetar a taxa de juros aplicada em empréstimos, tornando-os mais dispendiosos para a base consumidora. O cenário indica que o consumidor terá que lidar com um pacote de gastos mais oneroso, o que pode afetar o consumo e, por conseguinte, a inflação.
Desafios para o crescimento econômico
O cenário atual é de cautela e conservadorismo para os empréstimos, principalmente com a inflação subindo rapidamente. A taxa de juros está próxima do valor de janeiro, 11,75%, e não há previsão de queda. A inflação tem sido um grande desafio para a economia, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor subindo 0,39% em novembro e acumulando 4,87% nos últimos 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A alta da inflação está relacionada a vários fatores, incluindo o crescimento econômico do Brasil, influenciado por indicadores como o Produto Interno Bruto, que avançou 0,9% no terceiro trimestre de 2024. Além disso, a taxa básica de juros, Selic, está próxima de 11,75%, o que pode pressionar a inflação ainda mais. A taxa de juros é um parâmetro importante para o crédito e os empréstimos, e a alta dela pode tornar mais caro o acesso ao crédito.
A expansão relevante de gastos, como o aumento de programas sociais, também contribuiu para a alta da inflação. O governo precisa estabilizar a dívida pública e segurar gastos para manter a estabilidade econômica. O pacote de gastos anunciado recentemente foi visto como insuficiente, e as pessoas não estão convencidas de que as taxas de juros poderão voltar a cair.
A alta da Selic nos últimos encontros torna o momento de cautela e conservadorismo ao solicitar crédito. O mercado de trabalho está aquecido, com a renda subindo e uma mínima histórica de desemprego, mas a perspectiva não é da manutenção desse crescimento. A economia continuará aquecida nos próximos dois meses, mas não há garantia de que o governo brasileiro injetará recursos para manter o crescimento.
A inflação está subindo bastante, e o quadro mudou de maneira rápida e radical. A taxa de juros estava caindo, mas tivemos um aumento do crédito que aqueceu o consumo, o que também pressionou a inflação. A alta da inflação está relacionada a diferentes fatores, como o crescimento econômico do Brasil, eventos climáticos e a expansão relevante de gastos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que mede a inflação, subiu 0,39% em novembro — o resultado acumulado nos últimos 12 meses foi de 4,87%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta é de 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. O BC tem a tarefa de entregar a inflação na meta e estamos muito distante do centro [3%]. Nestes casos, a instituição começa a subir a taxa de juros.
O aumento do índice pluviométrico e da temperatura afetam algumas culturas, o que dificulta a vida dos produtores em manter a oferta. Ocorreu uma expansão relevante de gastos, como o aumento de programas sociais. O governo diz que o ajuste fiscal acontecerá, que a dívida será estabilizada, que segurará gastos, e que as taxas de juros poderiam voltar a cair, mas as pessoas não estão convencidas disso. O pacote de gastos anunciado recentemente vai na direção correta, mas foi visto como insuficiente.
A inflação é um desafio para a economia, e a alta da Selic nos últimos encontros torna o momento de cautela e conservadorismo ao solicitar crédito. O mercado de trabalho está aquecido, com a renda subindo e uma mínima histórica de desemprego, mas a perspectiva não é da manutenção desse crescimento. A economia continuará aquecida nos próximos dois meses, mas não há garantia de que o governo brasileiro injetará recursos para manter o crescimento.
Fonte: @ PEGN
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