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Sócio majoritário da SAF Botafogo promete mostrar provas concretas de corrupção aos parlamentares de forma secreta.
John Textor, proprietário do Botafogo, relatou hoje que a ‘CPI do Senado que investiga a manipulação de resultados nos jogos de futebol é uma importante iniciativa’. Ele fez essa afirmação durante sua participação na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito.
‘A manipulação de resultados no futebol é uma realidade que não pode ser ignorada, como tem acontecido em outros países da Europa’, declarou John Textor durante sua intervenção na CPI do Senado.
John Textor, dono do Botafogo, foi ouvido como testemunha no Senado, a convite da comissão que apura a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Ele fez denúncias sem provas concretas de que houve manipulação de resultados nos anos de 2022 e 2023. Essas denúncias levantaram debates sobre a integridade das competições esportivas no país.
Dirigente aponta denúncias sobre manipulação no futebol brasileiro
O dono de um clube esportivo alega ter evidências de manipulação no Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023, juntamente com outras irregularidades que podem comprometer a integridade da competição. Segundo Textor, os erros arbitrários não são coincidências, mas sim ações intencionais para influenciar o resultado das partidas.
Ele frisou: ‘Não são simples erros na aplicação das regras. Percebi claramente que não se tratava de falhas de interpretação. Os critérios para marcar impedimentos e faltas não foram aplicados corretamente nos jogos que assisti, afetando indiretamente o meu clube. É necessário enxergar isso por uma nova perspectiva’, complementou.
Tensões no Campeonato Brasileiro
Em meio a graves denúncias de corrupção no futebol nacional, Textor acusou publicamente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de corromper a competição por meio de erros de arbitragem intencionais. Em novembro de 2023, após uma partida entre o Botafogo e o Palmeiras, que resultou em uma virada surpreendente, Textor afirmou que seu clube foi prejudicado pela má conduta dos árbitros e pediu a renúncia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Em março do ano seguinte, novas alegações foram feitas pelo dirigente, que alegou possuir gravações comprometedoras de juízes reclamando de subornos combinados. Essas provas foram solicitadas pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, mas Textor se recusou a entregá-las, afirmando que só seriam disponibilizadas ao Ministério Público Federal.
Prováveis manipulações e resistência à investigação
Insistindo em suas acusações, o dono do clube afirmou ter evidências contundentes de que o Palmeiras foi beneficiado em diversos jogos, levantando suspeitas sobre uma vitória por 5 a 0 contra o São Paulo em 2023, sem, no entanto, apresentar provas concretas. Em resposta, o STJD solicitou as evidências das supostas irregularidades de Textor, que mostrou resistência em compartilhar essas informações, restringindo o acesso somente ao órgão federal competente.
Fonte: G1 – Política
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