Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto desembarcou na capital federal e foi preso pela Polícia do Exército por suspeita de envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
O sargento Henrique Santos Silva teve sua prisão decretada pelo juiz Antônio Silva, da 5ª Vara Criminal de Brasília, neste último final de semana. Ele foi detido no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek pela Polícia Federal, que cumpriu o mandado de prisão e realizou a busca pessoal no militar.
Após os procedimentos iniciais, Silva foi entregue ao oficial das forças armadas designado para custodiar o detento em uma dependência militar até que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Coronel militar investigado por suposto envolvimento em crimes de tentativa de golpe de Estado
Correa Neto, oficial das forças armadas, está sendo investigado pela Polícia Federal por possível ligação com os crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito.
Foco na Operação Tempus Veritatis
Na última quinta-feira (8), o coronel e outros três investigados na Operação Tempus Veritatis (‘hora da verdade’, em tradução do latim) tiveram a prisão preventiva decretada. Correa Neto, oficial das forças armadas, não foi preso na ocasião porque estava a trabalho nos EUA. A PF havia comunicado ao comando do Exército para que o oficial se apresentasse no Brasil.
Pedido de prisão e diálogos comprometedores
O pedido de prisão, formulado pela PF, teve concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação encontrou diálogos de Mauro Cid com Correa Neto, à época no Comando Militar do Sul, que indicam que o oficial intermediou o convite para uma reunião no dia 28 de novembro de 2022, em Brasília.
Seleção de oficiais formados
Segundo as apurações, na ocasião, ele ‘selecionou apenas oficiais formados no curso de forças especiais (kids pretos), providos, pois, de técnicas militares úteis para a consumação do golpe de Estado, e assistentes dos generais supostamente aliados’. A PGR afirmou que ‘a investigação identificou que Correa Neto agia como homem de confiança de Mauro Cid, executando tarefas fora do Palácio da Alvorada que o então Ajudante de Ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar’.
Missionários nos EUA e prisão dos cúmplices
A prisão dele foi justificada pela possibilidade de interferência nas investigações e pelo fato de que ele estava em missão nos Estados Unidos prevista para durar até 2025. Os outros três presos na operação de quinta-feira foram: Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e assessor do ex-presidente; Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.
Fonte: G1 – Política
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