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Cooperativas de crédito querem ser plataforma principal de investimentos para associados interessados em serviços bancários.
Com a crescente demanda por investimentos no Brasil, é notável o aumento da procura por opções de investimentos mais diversificadas. Nesse cenário, as cooperativas de crédito têm se destacado, expandindo suas ofertas para atender às necessidades dos associados em busca de rentabilidade.
Além das tradicionais aplicações financeiras, as cooperativas têm ampliado sua carteira de investimentos para proporcionar aos associados um leque variado de opções de investimentos. Essa estratégia visa não apenas manter os atuais 19 milhões de associados satisfeitos, mas também atrair novos interessados em potencializar seus recursos financeiros.
Cooperativas de Crédito e Suas Aplicações Financeiras em Investimentos
As cooperativas de crédito têm despertado cada vez mais interesses em investimentos, deixando de ser apenas a fonte principal de empréstimos para se tornarem também uma plataforma de investimentos. Essas instituições financeiras prestam serviços exclusivamente aos cooperados, que são os donos e usuários dos serviços, semelhantes aos disponíveis nos bancos, como conta, cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e, é claro, opções de investimentos.
Os cooperados participam ativamente da gestão das cooperativas, que não têm o objetivo de visar lucro, mas sim de oferecer condições mais personalizadas e atraentes em seus produtos e serviços. Os resultados positivos, conhecidos como sobras, são divididos entre os cooperados, porém, é importante ressaltar que também estão sujeitos a participar da divisão das eventuais perdas.
No Brasil, as cooperativas de crédito vêm ganhando cada vez mais representatividade no sistema financeiro, com um total de 616 cooperativas e dois bancos cooperativos, alcançando R$ 953 bilhões em ativos e 19 milhões de cooperados, conforme o último relatório do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
Historicamente, as cooperativas têm oferecido diversas opções de investimentos, como os recibos de depósitos cooperativos (RDCs), títulos de renda fixa equivalentes aos certificados de depósitos bancários (CDBs), letras de crédito agrícola e imobiliário (LCAs e LCIs). Esses investimentos são cobertos pelo FGCoop, garantindo os depósitos em caso de inadimplência das instituições, até R$ 250 mil por CPF, assim como o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) faz com os bancos.
Com os influenciadores de finanças e assessores de corretoras disseminando conteúdo sobre investimentos, o tema está ganhando cada vez mais destaque, principalmente nas cidades menores, onde a maioria das cooperativas está localizada. Isso tem gerado uma competição saudável entre as corretoras e as cooperativas, em busca de conquistar mais investidores e ampliar suas carteiras de investimentos.
Uma das cooperativas de crédito mais avançadas em investimentos é a Unicred, voltada para profissionais da saúde. Com R$ 28 bilhões em ativos e 300 mil associados, a Unicred está prestes a se tornar uma distribuidora de investimentos, com a aprovação do Banco Central para atuar nesse segmento. Essa iniciativa inovadora permitirá à cooperativa oferecer uma variedade de opções de investimentos do mercado, como fundos de investimentos, papéis de renda fixa de outras instituições financeiras, ações e muito mais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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