Desistência de parlamentares obriga novo sorteio. Processo pode levar à cassação do mandato do deputado preso desde março.
Os três deputados sorteados no Conselho de Ética na semana passada para relatarem o processo contra o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco, abandonaram a relatoria do caso.
A investigação pode resultar na cassação do mandato do parlamentar.
Os deputados que decidiram se afastar do caso são:
- Bruno Ganem (PODE-SP);
- Ricardo Ayres (Republicanos-TO); e
- Gabriel Mota (Republicanos-RR).
A decisão dos deputados em abandonar a relatoria do caso no Conselho de Ética foi motivada por questões pessoais e políticas, levando a um impasse na condução do processo. A Comissão de Ética Parlamentar terá que buscar novos relatores para dar continuidade ao andamento da denúncia contra Chiquinho Brazão.
Desistência e Novo Sorteio no Conselho de Ética
A desistência do relator Chico do Nordeste foi confirmada à reportagem pelos próprios deputados e pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr. (União-BA). Com isso, o presidente do colegiado deve fazer um novo sorteio, que pode acontecer já nesta quarta-feira (17).
Outra relatoria e eleição
No último dia 10, o processo foi instaurado no conselho. Neste momento, três nomes são sorteados – excluindo-se os parlamentares que são do mesmo estado e partido do deputado processado, além dos parlamentares do mesmo partido que pediu a abertura do processo, no caso o PSOL.
O PSOL alega que retirar Brazão do mandato é necessário para evitar que ele use a função para atrapalhar investigações.
Ayres justificou que a desistência ocorre porque foi escolhido como relator para outra representação, esta contra Glauber Braga (PSOL-RJ). Já Ganem afirmou que a relatoria ‘é um trabalho que exige atenção e dedicação exclusiva, dada a sua importância’ e que ele teria que desistir pois é pre-candidato à prefeitura de Indaiatuba (SP). Mota disse que ‘declinou ao pedido de ser relator’. Cabe ao Conselho de Ética elaborar, após uma série de etapas, um parecer sobre a situação de Chiquinho Brazão. Esse parecer pode recomendar, entre outras punições, a cassação do mandato do deputado. A palavra final caberá ao plenário principal da Câmara.
Fonte: G1 – Política
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