Anatel bloqueará aparelhos para prevenir furtos durante o carnaval. Operadoras desenvolverão sistema via aplicativo Celular Seguro.
O governo federal anunciou hoje a disponibilidade de um novo aplicativo que facilitará a vida das vítimas de roubo ou furto de celulares. Em 2022, o Brasil contabilizou cerca de 1 milhão de aparelhos levados por criminosos, conforme levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com essa nova ferramenta, as vítimas poderão bloquear tanto o celular quanto seus aplicativos imediatamente após o crime, aumentando a segurança e privacidade dos usuários.
De acordo com Ricardo Cappelli, secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a maioria dos bancos estará apta a realizar o bloqueio em até 10 minutos, com um prazo máximo de 30 minutos. Além disso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderá realizar o bloqueio completo do aparelho em até 24 horas. Caso o dispositivo seja recuperado, será possível reverter os bloqueios, trazendo de volta a funcionalidade do app.
Aplicativo Celular Seguro: mais segurança durante o carnaval
Até o dia 9 de fevereiro, às vésperas do carnaval, as operadoras desenvolverão um mecanismo para bloquear a linha telefônica a partir do acionamento do aplicativo do governo federal. Isso é muito importante, porque boa parte das senhas são recuperadas através de SMS’, disse Cappelli. ‘Com as operadoras bloqueando a linha telefônica e o envio do SMS, a gente fecha o ciclo.
Utilização do Aplicativo
Para utilizar a ferramenta, que é apta para os sistemas Android e IOS, o usuário deverá ter um cadastro na plataforma gov.br para acessar o aplicativo ou o site do programa. Depois de acessar o ‘Celular Seguro’, nome do app, por uma dessas plataformas, o usuário deverá cadastrar seus próprios dados e as informações de uma ‘pessoa de confiança’ na conta. Essa pessoa é necessária para acionar o sistema quando o celular for roubado ou extraviado. Mais de uma pessoa poderá ser cadastrada nessa função.
Funcionalidades Essenciais
O App Celular Seguro tem um botão para registrar ocorrência, que poderá ser acionado pelo usuário ou pela pessoa de confiança para solicitar o bloqueio geral. Ao cadastrar uma pessoa na função de confiança, o usuário poderá visualizar seu aparelho na conta dela para que possa acionar a função em seu lugar. Nosso objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil’, disse Cappelli. E a gente acredita que isso reduz muito a atratividade do delito e reduz muito os roubos e furtos.
Abordagens Policiais
O secretário disse ainda que, em paralelo, a Polícia Federal tem linhas de investigação para desbaratar as quadrilhas organizadas, que trabalham com o contrabando de aparelhos — inclusive para outros países. Na região central da cidade de São Paulo, têm se popularizado os roubos cometidos por ‘gangues da bicicleta’. Outra modalidade comum é de grupos que quebram os vidros dos veículos para levar os aparelhos, especialmente de motoristas de carros de aplicativo.
Cadastro de Aparelhos e Relato de Ocorrências
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, não há número limite de aparelhos para serem cadastrados no app, mas as linhas precisam estar vinculadas ao CPF do usuário. Ao acionar o botão de alerta para relatar a ocorrência, o usuário deverá descrever em que situação o celular foi furtado ou extraviado, quando e onde o fato aconteceu.
Parcerias do Governo Federal
O aplicativo é coordenado pelo governo federal, em parceria com empresas do setor bancário, de telefonia e de serviços. Entre os participantes estão Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e outras empresas, como Uber, Ifood e Google. O secretário afirmou ainda que está em contato com plataformas responsáveis por redes sociais, como a Meta, dona do Instagram e do Facebook. As conversas, no entanto, ainda são iniciais.
Intenção do Aplicativo
O secretário afirma que a intenção do app é impedir crimes financeiros que ocorrem nas primeiras horas depois do roubo ou furto. Ele afirma, porém, que o relato do caso no aplicativo não dispensa a necessidade de registro de boletim de ocorrência na polícia. ‘O boletim de ocorrência é o que instrui a investigação policial do delito’, disse. ‘Então, o que a gente está criando é um botão de emergência.’
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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