São Paulo e Buenos Aires, citadas em estudo recente sobre mercados imobiliários na América Latina, têm baixa vacância e preços médios elevados.
Um levantamento recente, realizado pela consultoria global JLL, analisou 21 mercados em 17 países da América Latina e do Caribe. O objetivo? Identificar quais são as cidades mais caras da região em termos de metros quadrados.
No estudo, a consultoria utilizou os termos ‘Classe A’ (alta classe) e ‘Classe B’ (média classe) para categorizar os imóveis e identificar as cidades com os preços mais elevados.
De acordo com o relatório, duas cidades latino-americanas se destacaram como locais de maior custo, no primeiro semestre deste ano.
Essa pesquisa recente, conduzida pela consultoria global JLL, analisou 21 mercados em 17 países da América Latina e do Caribe. O intuito? Identificar quais são as cidades mais caras da região em termos de metros quadrados.
No estudo, a consultoria utilizou os termos ‘Classe A’ (alta classe) e ‘Classe B’ (média classe) para categorizar os imóveis e identificar as cidades com os preços mais elevados.
Dentre as descobertas do relatório, duas cidades latino-americanas se destacaram como regiões com altos preços, no primeiro semestre deste ano.
Cidades Mais Caras da América Latina: Um Estudo Recente
Cidades mais caras da América Latina? Um estudo recente revelou que Santo Domingo, a capital da República Dominicana, teve o maior valor de aluguel pedido, com uma média mensal de R$ 150 por metro quadrado nas propriedades de classe A. A segunda com maiores preços de aluguel é Buenos Aires, na Argentina — uma média mensal de cerca de R$ 135 por metro quadrado na classe A.
Lugares Mais Dispendiosos e Mercados em Alta
A cidade de São Paulo só não ficou no terceiro lugar das top 3 mais caras por causa de um efeito de base, que leva em conta edifícios de médio padrão (Classe B). ‘O estoque da América Latina é mais jovem que o dos Estados Unidos’, disse o chefe de pesquisa e inteligência de mercado da JLL, Caio Maia, ao site Bloomberg Línea. ‘Isso significa, por exemplo, potencial para se desenvolver ainda mais.’
Regiões com Altos Preços e Valores de Aluguel em Ascensão
Ele também disse que, quanto menor a vacância, maior o preço. Outros fatores influenciam os valores, como a localização. ‘Se duas regiões de São Paulo tiverem o mesmo índice de vacância, e uma delas for a Faria Lima, o metro quadrado desta vai ser mais alto’, afirmou. Em relação ao preço médio de venda pedido, a cidade de São Paulo se posiciona como a mais cara da América Latina, na Classe A.
Classe A e Cidade do México Potenciais de Desenvolvimento
A média foi de cerca de R$ 27,5 mil por metro quadrado, só na frente de Buenos Aires, que a média foi de R$ 25 mil. Para espaços Classe B, a cidade brasileira também está entre as mais caras da região, se assemelhando a de Santiago, no Chile — ambas com médias de R$ 16, 5 mil/m². Apesar da crise econômica na Argentina, Buenos Aires está com preços acima da maioria dos outros mercados.
Com uma média de R$ 12,5 mil/m² para espaços Classe B, a cidade argentina está com os mesmos preços da Cidade do México, segundo a consultoria.
Posicionamento e Reflexos Mercado de Escritórios
A Cidade do México, a de São Paulo e a de Santiago continuam sendo os maiores mercados de escritórios da América Latina, e, respectivamente, representam 22%, 13% e 9% do estoque pesquisado. ‘O mercado de escritórios vem crescendo bastante na região’, informou Maia. ‘São Paulo é reflexo disso. Há ainda cerca de 84 mil metros quadrados a serem entregues no quarto trimestre na cidade.’ No fim do primeiro semestre de 2023, a taxa de vacância na região foi de 21,3%. O mercado com a maior taxa foi de a Cidade do Panamá (45%), na frente do Rio de Janeiro (36,5%). Já Medellín, na Colômbia, teve a menor taxa de vacância da América Latina, de 2,9%.
Cidade do Panamá em Destaque
Maia reforçou que os recentes aumentos significativos da taxa de juros impactaram muito o mercado imobiliário. Para ele, os aumentos fizeram com que menos investidores pessoa física e jurídica colocassem dinheiro no setor. Agora, com os ciclos de corte da taxa de juros, ainda que graduais, Maia disse que acredita que haverá mais investidores olhando para esse mercado. ‘A conjuntura é boa’, concluiu. Até o fim de 2024, a expectativa é que a oferta de escritórios cresça 4,4% ante 2023, com adição de 1,5 milhão de metros quadrados de novos espaços.
Fonte: © R7 Rádio e Televisão Record S.A
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