Especialistas avaliam que mudança na jornada de trabalho pode ajudar no descanso, ansiedade e burnout.
A proposta de reforma que visa alterar a escala 6×1, comumente conhecida como escala de trabalho de seis dias, tem sido objeto de controvérsia em vários setores da sociedade. A preocupação com a saúde mental dos trabalhadores, especialmente aqueles que atuam em ambientes de alta pressão, é algo que tem ganhado destaque no debate.
A saúde mental é um assunto de grande relevância em geral, e a procura por soluções que atendam às necessidades de bem-estar dos trabalhadores tem aumentado. A escala 6×1, com seu rigoroso cronograma, pode ter consequências negativas para a saúde física e mental dos profissionais. Além disso, a falta de folgas regulares pode prejudicar a busca por atividades de lazer e momentos de felicidade, essenciais para a manutenção de um equilíbrio saudável. A pausa de um dia de descanso não é suficiente para que os profissionais se recupere e se prepare para o novo período de trabalho, o que pode levar ao desgaste físico e mental. É fundamental encontrar um equilíbrio para garantir a saúde de todos.
Impactos da jornada de seis dias na saúde e bem-estar
Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que o modelo de trabalho de quatro dias por semana pode trazer benefícios que vão além do descanso e dos cuidados com a saúde em geral, impactando positivamente na produtividade e no engajamento dos profissionais. Acredita-se que uma jornada de seis dias pode aumentar o burnout e diminuir a produtividade, ao mesmo tempo em que a pressão para ir ao limite piora as taxas de estresse e exaustão.
A situação se agrava com o fato de o trabalho invadir a casa dos profissionais, graças aos smartphones. ‘As pessoas estão sentindo que estão descansando menos e não conseguem desligar, o que está ficando mais óbvia a importância do tempo de descanso de qualidade.’ Para o professor, um esquema de sete horas diárias em cinco dias por semana já ajudaria a mudar os hábitos capazes de proteger a saúde mental dos trabalhadores.
A experiência do modelo 4×3, em que o colaborador tem tempo para fazer exercício físico, almoçar e jantar, é uma alternativa que pode ser considerada. Modelos internacionais, como a iniciativa 4 Day Week, também mostraram os benefícios do modelo de trabalho em quatro dias. ‘Para cortar a escala 6×1, talvez o empregador tenha de contratar mais funcionários, mas ele ganha em fidelização, fazendo com que tenha menos custos com a demissão e contratação de funcionários, além de treinamentos.’
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo