Veículos de notícias palestinos registram queda no engajamento público na rede social, principalmente desde guerra entre Israel, tendo um canal de televisão com 1,2 milhão de seguidores no Facebook perder 800 mil seguidores na página do Facebook.
Em meio à guerra em curso entre Israel e Gaza, a empresa Meta, detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, atua como uma espécie de guardião da expressão digital em todo o mundo. Nesse contexto, a participação da Meta na guerra de informações é considerada fundamental para a manutenção da estabilidade política em diversas regiões.
De acordo com uma pesquisa da BBC, durante o confronto entre Israel e Gaza, o Facebook restringiu severamente a capacidade dos veículos de notícias palestinos de alcançar o público. Isso foi especialmente notável em meio a guerra em curso, onde a informação solta pode se espalhar rapidamente. A Meta argumenta que é necessária a moderação desses conteúdos para evitar a propagação de informações falsas e materiais ilegais. Porém, essa atuação tem gerado controvérsias e questionamentos sobre o impacto dessas regras nas redes sociais.
Análise dos Dados de Guerra no Facebook
Em 2023, os canais de imprensa nos territórios palestinos, como a página do Facebook da Palestine TV, sofreram uma queda acentuada no engajamento do público. O número de seguidores dessa página, que é de 5,8 milhões, caiu drasticamente, o que é alarmante.
Queda no Engajamento do Público
Além disso, os dados mostraram um declínio de 77% no engajamento do público após os ataques do Hamas em 7 de outubro, e uma queda de 60% no número de pessoas que veem as publicações da Palestine TV. Isso é um indicativo claro de que os canais de imprensa palestinos estão sofrendo uma perda significativa de público.
Facebook e o Impacto da Guerra
A guerra entre Israel e Gaza teve um impacto profundo nas redes sociais, e o Facebook foi um dos principais canais de informação durante esse período. No entanto, a análise de dados mostra que o engajamento do público diminuiu significativamente após os ataques do Hamas.
Instagram e a Moderação de Comentários
O Instagram, outra plataforma de propriedade da Meta, também aumentou a moderação dos comentários de usuários palestinos após outubro de 2023. Isso é um indicativo de que a empresa está tentando controlar a narrativa da guerra nas suas plataformas.
A Meta e a Supressão de Vozes
A Meta, dona do Facebook, afirma que qualquer insinuação de que suprimiu deliberadamente determinadas vozes é ‘inequivocamente falsa’. No entanto, os dados mostram que os canais de imprensa palestinos sofreram uma perda significativa de público, o que é um indicativo de que a empresa está afetando a visibilidade dessas vozes.
Rede Social e Guerra
As redes sociais preencheram a lacuna para aqueles que queriam ouvir mais vozes de dentro de Gaza. As páginas do Facebook de canais de notícias, como a Palestine TV, a agência de notícias Wafa e a Palestinian Al-Watan News — que operam a partir do território da Cisjordânia —, se tornaram uma fonte vital de atualizações para muitas pessoas ao redor do mundo.
Análise de Dados e Impacto da Guerra
A BBC News Arabic compilou dados de engajamento nas páginas do Facebook de 20 importantes organizações de imprensa baseadas na Palestina no ano que antecedeu os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, e no ano seguinte. O engajamento é uma medida importante do impacto que uma conta de rede social está tendo, e de quantas pessoas estão vendo seu conteúdo.
Consequências da Supressão de Vozes
A interação foi totalmente restringida, e as postagens deixaram de chegar às pessoas. A falta de conhecimento sobre a moderação de conteúdo online pode levar a consequências graves, como a supressão de vozes importantes.
A Importância da Moderação de Conteúdo
A moderação de conteúdo é fundamental para garantir que as vozes sejam ouvidas e que as informações sejam compartilhadas de forma justa. A falta de conhecimento sobre a moderação de conteúdo online pode levar a consequências graves, como a supressão de vozes importantes.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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