Ministério da Saúde participa na 4ª Conferência Ministerial Global de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana, representado por Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, com foco em saúde humana e animal, meio de produção agroalimentares, vigilância contínua e resposta multissetorial coordenada.
As discussões na 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, realizada em Natal (RN), em setembro, abordaram o tema da resistência aos antimicrobianos. O uso indiscriminado de antimicrobianos na saúde humana, animal e nos meios de produção agroalimentares foi um dos pontos discutidos. A resistência a esses medicamentos é um problema crescente, afetando não apenas a saúde humana, mas também a segurança alimentar. Essa questão é de suma importância para a prevenção de doenças, e sua abordagem deve ser feita com cuidado.
Em meio a essas discussões, foi destacado o papel dos países em promover a sensibilização e a conscientização sobre o uso adequado de antimicrobianos. Além disso, foram apresentadas estratégias para combater a resistência, como a promoção da conservação da resistência e o desenvolvimento de novos medicamentos. Essas ações visam garantir que os antimicrobianos sejam utilizados de forma responsável e que a saúde humana e animal sejam preservadas.
Declarando a urgência de combater a resistência antimicrobiana
A resistência antimicrobiana (RAM) é um desafio global que requer uma resposta multissetorial coordenada, reforçando a importância da pesquisa e inovação, além de uma vigilância contínua e financiamento adequado. Neste contexto, os países-membros do G20 se reúnem para apresentar suas ações em andamento e alinhar a resposta global à RAM.
Diálogo global: uma abordagem integrada para combater a RAM
A 4ª Conferência Ministerial Global de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana, realizada em Jeddah, na Arábia Saudita, de 14 a 16 de novembro, reuniu líderes mundiais para discutir o aprofundamento no diagnóstico em RAM. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, representou o Ministério da Saúde no evento e destacou a necessidade de uma abordagem integrada e cooperativa que reconheça a conexão entre a saúde humana, a saúde animal, a saúde vegetal e a saúde ambiental.
Desenvolvendo uma resposta coordenada contra a RAM
A secretária ressaltou que o Comitê Técnico Interministerial do Brasil sobre Uma Só Saúde prioriza a prevenção e controle de ameaças à saúde, abordando a conexão entre a saúde humana, a saúde animal, a saúde vegetal e a saúde ambiental. Além disso, está sendo planejado o primeiro inquérito brasileiro sobre RAM, integrando dados de humanos, animais e do meio ambiente.
A importância da coordenação internacional na luta contra a RAM
Durante a presidência do Brasil no G20, em 2024, as principais questões trabalhadas foram RAM, Uma Só Saúde e mudanças climáticas. A presidência brasileira sediou a Cúpula de Líderes do grupo em novembro de 2024, no Rio de Janeiro, apresentando acordos negociados ao longo do ano e apontando caminhos para lidar com os desafios globais.
Impacto da RAM em escala global
Um estudo publicado na revista The Lancet, em 2022, estima que ocorreram 4,95 milhões de mortes associadas à RAM bacteriana em 2019 em todo o mundo. A pesquisa afirma que a RAM é uma das principais causas de morte mundialmente, com as maiores cargas em ambientes de poucos recursos.
Países-membros do G20: unindo esforços para combater a RAM
Fazem parte do G20 os países mais industrializados do mundo, incluindo o Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e União Africana.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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