Pesquisa de Ancat: recicláveis da RMBH apresentam queda de preços média de quilo (latas inclusive). Mercado Mineiro, Associação Brasileira do Alumínio, Recicla e estabelecimentos notam. Valor: Ancat – médio de quilo: 15% abaixo do início do ano. (148 caracteres)
Com a diminuição dos preços de materiais recicláveis, a realidade dos catadores se torna ainda mais desafiadora. O preço do quilo das latinhas, por exemplo, teve uma queda significativa neste ano, impactando diretamente no trabalho desses profissionais. A Associação Nacional dos Catadores (Ancat) revela que mais de 1 milhão de pessoas atuam nesse setor, buscando garantir sua renda mensal.
Para muitos catadores, a busca por uma quantidade suficiente de material para atingir um valor de venda que corresponda ao salário mínimo é uma tarefa árdua. Com os preços unitários em baixa, a necessidade de coletar uma quantidade maior de materiais se torna essencial para garantir o sustento. É fundamental que a sociedade reconheça a importância desse trabalho e apoie iniciativas que valorizem o trabalho dos catadores de materiais recicláveis.
Impacto da queda de preços de materiais recicláveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte
Segundo um levantamento do Mercado Mineiro, realizado entre 29 de fevereiro e 1º de março, o preço médio do quilo de latinha de alumínio vazia varia entre R$ 4,50 e R$ 6,20 em 21 estabelecimentos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para atingir o valor do salário mínimo, o catador precisa coletar 259 quilos de latinhas ou 19.440 unidades, considerando o valor médio de R$ 5,45.
A Associação Nacional dos Catadores (Ancat) destaca a importância de monitorar a flutuação de preços de venda dos materiais recicláveis, como o valor unitário da latinha de alumínio. De acordo com o levantamento, houve uma redução significativa nos preços, chegando a 79,3% em 2024. O preço médio do quilo da latinha registrou uma queda de 15,3%, passando de R$ 6,43 para R$ 5,45.
Em comparação com São Paulo, onde o preço médio do quilo da latinha é de R$ 5, os catadores da Região Metropolitana de Belo Horizonte enfrentam desafios adicionais devido à desvalorização dos materiais recicláveis. Além das latinhas, outros materiais como garrafa PET e papel também sofreram desvalorização acentuada.
No caso da garrafa PET, o preço médio por quilo caiu para R$ 1,22, exigindo a coleta de 1.155 kg para alcançar o salário mínimo. Já o papelão teve uma queda de 78,5% no valor do quilo, passando de R$ 0,64 para R$ 0,14, o que significa que o catador precisa catar 8.199 kg para obter o mesmo rendimento.
A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Recicla Latas ressaltam a importância da conscientização sobre a reciclagem e a valorização dos materiais recicláveis. Apesar dos desafios enfrentados pelos catadores, o Brasil alcançou um marco histórico em 2022 ao reciclar a mesma quantidade de latinhas de alumínio que produziu, totalizando 390 mil toneladas recicladas em contrapartida à produção de 389 mil toneladas de lata.
Fonte: @ Terra
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