Em 17/05, CNJ ordenou à 12ª Vara Criminal de Cuiabá enviar cópia do conteúdo do celular em inquérito disciplinar de autoridade com foro.
Em determinação de 17 de maio, o Conselho Nacional de Justiça solicitou ao juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá (MT) que envie cópia do conteúdo do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado na capital mato-grossense em dezembro de 2023. O celular de Zampieri pode conter informações cruciais para a investigação do crime.
É fundamental que as autoridades analisem cuidadosamente o aparelho em busca de pistas que possam levar à resolução do caso. A análise do celular do advogado pode revelar detalhes importantes sobre suas atividades e contatos antes de sua morte trágica, auxiliando assim na busca por justiça.
Juiz demonstra interesse peculiar nos dados do celular do falecido
O interesse incomum do juiz Wladymir Perri nos dados do celular da vítima assassinada despertou atenção. A decisão de investigar mais a fundo foi tomada por ordem do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. O objetivo era preservar o material, que havia sido confiscado pelo juiz titular da vara.
Inquérito revela ação controversa do juiz
Desde que o inquérito foi iniciado para esclarecer o crime, o juiz Wladymir Perri adotou medidas para restringir o acesso ao celular da vítima. Essa atitude levou a uma reclamação disciplinar no CNJ, resultando em sua transferência para a 3ª Vara Criminal de Várzea Grande (MT) em maio.
Medidas questionáveis e sigilo dos autos
Wladymir Perri tomou decisões que causaram estranheza, como questionar a Polícia Civil sobre possíveis menções a autoridades com foro privilegiado nos dados do celular. Durante o inquérito, ordenou que todas as provas fossem apresentadas fisicamente na secretaria da vara. Além disso, manteve sigilo sobre os autos e lacrou o material contendo o celular da vítima, junto com um hard drive que supostamente continha seu conteúdo.
Decisão do CNJ e pedido da viúva
Diante da situação, o CNJ determinou que o atual juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá envie uma cópia completa dos dados do celular confiscado por Wladymir Perri antes de decidir sobre o pedido da viúva do advogado. A falta de backup dos dados levantou preocupações sobre a possível perda das informações.
Proteção da integridade dos dados
A decisão do CNJ também inclui a presença da autoridade policial da delegacia de homicídios de Cuiabá durante a extração das cópias dos dados do celular. O objetivo é garantir a integridade do conteúdo em comparação com o material original fornecido pela Polícia à unidade judicial. A reclamação disciplinar 0002124-43.2024.2.00.0000 permanece em análise.
Fonte: © Conjur
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