A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira estabelece um objetivo climático até 2035, com foco em reduzir emissões de gases de efeito estufa resultantes da combustão de combustíveis fósseis, promovendo o desenvolvimento sustentável.
No Brasil, a redução das emissões de gases-estufa assume um papel crucial para a mitigação do aquecimento global. O governo federal, em acordo com o Acordo de Paris, estabeleceu metas ambiciosas para o período de 2020 a 2030, destacando a necessidade de redução significativa das emissões.
A estratégia inclui a implementação de políticas públicas que promovam a diminuição das emissões de gases-estufa em diversas áreas, como a transição energética, a eficiência energética, a agricultura e a florestamento. O governo também busca fortalecer a cooperação internacional para compartilhar conhecimentos e tecnologias em emissões de gases de efeito estufa.
Emissões Climáticas: O Que Mudou e Quais São as Consequências
O anúncio feito em Baku, durante a COP29, marcou um momento significativo na jornada brasileira em direção a uma economia mais sustentável. Odocumento apresentado, denominado Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), estabelece metas ambiciosas para reduzir as emissões até 2035, visando alcançar a neutralidade climática até 2050. O objetivo é diminuir as emissões em cerca de 59% a 67% em relação aos níveis de 2005, o que corresponde a uma redução de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente nos próximos 11 anos.
O documento foi elaborado levando em conta os níveis de 2005, e usa a medida de CO2 equivalente para comparar o impacto de diferentes gases de efeito estufa na mudança climática, considerando o potencial de aquecimento global de cada gás. A meta estabelecida visa promover o desenvolvimento sustentável, com enfoque em energias renováveis e combate à desigualdade.
No entanto, a análise do Observatório do Clima (OC) sugere que o plano é decrescimento das metas estabelecidas pelo governo. De acordo com a OC, os compromissos já adotados pelo Brasil levariam a resultados melhores do que os previstos no NDC. A organização destaca que a meta de redução de emissões de 59% a 67% até 2035 é diminuição significativa, mas ainda não é suficiente para atingir a transformação estrutural da economia necessária para um mundo de 1,5oC.
A OC estima que o Brasil precisa se comprometer a reduzir as emissões líquidas em 92% até 2035, o que corresponderia a produzir cerca de 200 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, bem menos do que os 850 milhões atuais prometidos pelo governo. Essa porcentagem levaria o país a produzir cerca de 200 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, bem menos do que os 850 milhões atuais prometidos pelo governo.
A apresentação da NDC brasileira feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, durante o evento, enfatizou a importância da meta de redução de emissões e do compromisso do país com o desenvolvimento sustentável. No entanto, a análise do OC destaca que a meta estabelecida não é suficiente para resolver a situação climática do Brasil de forma eficaz.
Fonte: @Olhar Digital
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