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Mais de 2 mi pessoas cadastradas em ferramenta do governo p/ inibir crimes, mas só 1,6 mi aparelhos registrados.
O Celular Protegido, iniciativa desenvolvida pelo governo federal para combater furtos de celulares, celebra meio ano nesta segunda-feira (18). O serviço possibilita solicitar bloqueios de dispositivos e contas bancárias após incidentes. Desde que foi lançado, foram contabilizadas 56.403 ocorrências, com 43.838 delas envolvendo roubos e furtos de Celulares.
Além disso, o sistema garante que nenhum dado pessoal seja comprometido durante o processo de bloqueio, mantendo a segurança dos usuários. A importância de manter o Celular seguro nunca foi tão evidente, e a população tem aderido cada vez mais a essa ferramenta essencial.
Celular Seguro: Dificuldades e Facilidades
As demais situações estão relacionadas a perdas ou outras situações, que não são detalhadas na plataforma. Durante o período em questão, 2.068.146 usuários se inscreveram, porém somente 1.667.963 aparelhos foram oficialmente registrados no serviço, conforme informações atualizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública até as 18h de sexta-feira (14). Os dados também mostram que os pedidos de bloqueio no Celular Seguro vêm diminuindo nos últimos três meses consecutivos desde fevereiro, quando atingiram o pico de 10.736 ocorrências.
O Celular Seguro, disponível para Android, iPhone (iOS) e navegadores, foi desenvolvido como uma forma de fornecer alertas sobre crimes e agilizar bloqueios de smartphones e contas bancárias, visando reduzir as oportunidades para os criminosos atuarem. No entanto, o programa nem sempre opera conforme o esperado.
Dois indivíduos que foram vítimas de roubos de celulares compartilharam com o g1 suas experiências ao enfrentar dificuldades com o Celular Seguro. Roberta (nome fictício*) passou por um sequestro-relâmpago em Belo Horizonte no final de janeiro, e os criminosos levaram seu celular. Após ser resgatada, ela seguiu as instruções da polícia e emitiu um alerta no Celular Seguro. Roberta tinha dois celulares registrados no programa e, devido a um erro, ambos foram bloqueados. Os aplicativos bancários, presentes no celular que estava em sua residência, foram bloqueados, e ela teve que contatar as empresas para solicitar o desbloqueio.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou ao g1 que, nesse caso, é de fato necessário contatar cada empresa, uma vez que o Celular Seguro atua apenas como um botão de emergência para reportar uma situação. ‘Não é viável, através da ferramenta, realizar o desbloqueio, por questões de segurança do próprio cidadão’, esclareceu. Vinicius Valente, após ser assaltado em 17 de janeiro em São Paulo, teve dificuldades para enviar o alerta de bloqueio através do site do Celular Seguro, devido a um problema no formulário.
Ao tentar registrar a ocorrência, ele foi solicitado a inserir o horário, porém o site não permitia um horário anterior ao atual, e nem mesmo um horário igual ou posterior ao momento atual foi aceito. Isso resultou em um atraso no alerta do roubo, o que não é o ideal. ‘Consegui enviar somente um dia depois pelo site. Logo, para mim, não foi eficaz’, concluiu. O Ministério da Justiça afirmou não possuir ‘evidências de que essa dificuldade enfrentada pelo usuário tenha sido causada pelo aplicativo Celular Seguro’, mas iniciou uma investigação sobre o caso.
No entanto, existem relatos de usuários que não encontraram obstáculos ao solicitar o bloqueio de seus aparelhos. Tayllon Platero, por exemplo, conseguiu enviar o aviso imediatamente após ser assaltado em São Paulo no início do ano. Ele mencionou que também foi simples desbloquear os aplicativos posteriormente para instalá-los em um novo celular. ‘Após o bloqueio pelo Celular Seguro, os bancos…
Fonte: © G1 – Tecnologia
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