Comissão Parlamentar identificou 264 casos suspeitos de manipulação em jogos de futebol brasileiro (2022-2024). Inquérito examina Manifestações-anteriores, Jogos-monitorados, Mapeamento-feito de Partidas-estaduais. Convenção-Macolin investiga Depoimentos, Práticas-de-manipulação, Órgãos-de-investigação: Polícia-Federal, Ministério-Público, STJD, TJD, Convenção-Macolin. Regras-rígidas contra Manipulação-de-competições-esportivas.
O coordenador de eventos da FBF, Marcos Silva, relatou em entrevista à Comissão de Investigação da manipulação no Futebol no Congresso, nessa terça-feira, que 172 jogos apresentaram indícios de manipulação no cenário futebolístico brasileiro entre 2023 e 2025. – Desde que assumi o cargo, em maio de 2023, implementamos diversas ações para coibir a manipulação de resultados – declarou Silva.
No segundo parágrafo, a discussão foi ampliada para abordar a necessidade de combate à corrupção nos bastidores do esporte, enfatizando a importância da transparência e da punição rigorosa para aqueles envolvidos em esquemas ilícitos. A integridade do futebol brasileiro depende da ação conjunta para erradicar a fraude e a corrupção em todas as esferas do jogo.
Continuação da Investigação sobre Manipulação de Competições Esportivas
Ao longo da investigação realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a manipulação de competições esportivas, ocorreram diversos depoimentos e evidências relacionadas à fraude e corrupção nesse cenário. Além dos depoimentos do diretor de competições e do oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem, novas informações foram reveladas.
O mapeamento feito pela CBF em parceria com a empresa Sportradar apontou que somente 31 das partidas monitoradas estavam sob a supervisão da Confederação. O restante das partidas ocorreu em competições estaduais, abrangendo tanto categorias de base quanto profissionais, e até mesmo o futebol feminino. A renovação do contrato com a Sportradar possibilitou um aumento significativo no monitoramento, passando de 1.224 para 5.226 partidas em 2024.
Todos os casos identificados de manipulação de resultados foram encaminhados para órgãos de investigação, como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e a comissão de ética da CBF. A complexidade dessas investigações levanta a questão de se as manipulações se deram apenas nos resultados finais das partidas, ou se houve interferências durante os jogos, como cartões amarelos e faltas.
O oficial de Integridade da CBF, Eduardo Gussem, ressaltou a importância da adesão do futebol brasileiro à Convenção de Manipulação de Competições Esportivas (Convenção de Macolin). Ele enfatizou que essa convenção estabelece critérios precisos para a detecção, investigação e punição de práticas de manipulação de jogos, tornando-a uma ferramenta fundamental para combater a corrupção no esporte.
Próximos Depoimentos e Desdobramentos da Investigação
Os próximos depoimentos agendados trazem novas perspectivas para a investigação. No dia 13 de maio, Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro de futebol, prestará seu depoimento em uma reunião secreta com os parlamentares. Em seguida, no dia 14, será a vez de José Francisco Manssur, ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, apresentar suas declarações.
Já para o dia 16, estão programados os depoimentos de Wilson Luiz Seneme, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, e Hélio Santos Menezes Junior, Diretor de Governança e Conformidade da CBF. A expectativa em torno desses depoimentos é alta, pois podem fornecer insights cruciais sobre as práticas de manipulação no futebol brasileiro.
Além disso, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o presidente do São Paulo, Julio Casares, estão previstos para depor como convidados no dia 22 de maio. Suas declarações podem lançar luz sobre possíveis envolvimentos e esquemas de manipulação no cenário esportivo.
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, instaurada em abril com o objetivo de investigar denúncias de fraude no esporte, desencadeou uma série de ações e investigações intensivas. O prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos é de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. A importância dessas investigações vai muito além do esporte, impactando diretamente a integridade e a transparência nas competições esportivas.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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