Estudos revelam peculiaridades de exoplanetas, com água líquida e estrelas de fora, observados pelo Telescópio Espacial James Webb.
Dois estudos divulgados recentemente por pesquisadores da UC Santa Cruz trouxeram novas informações sobre os exoplanetas — aqueles que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar — e suas peculiaridades. O primeiro estudo, publicado neste mês no Astrophysical Journal Supplement, apresentou uma lista de 126 exoplanetas confirmados e candidatos descobertos com o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da Nasa, em parceria com o Observatório WM Keck, no Havaí. Já o segundo estudo, publicado na revista Nature em maio, forneceu mais detalhes sobre os planetas ‘inflados’, identificados por meio de dados do Telescópio Espacial James Webb da Nasa, combinados com observações anteriores do Telescópio Espacial Hubble.
Entre os exoplanetas catalogados, destaca-se o TOI-1824b, um dos mundos mais densos já identificados. Essas descobertas ampliam nosso conhecimento sobre os planetas aquáticos e planetas potencialmente habitáveis, contribuindo para a compreensão da diversidade de mundos além do nosso sistema estelar. O estudo desses corpos celestes fora do Sistema Solar nos ajuda a vislumbrar a vastidão e complexidade dos sistemas planetários existentes no universo.
Explorando os Mistérios dos Exoplanetas
O fascínio pelos exoplanetas fora do Sistema Solar continua a crescer, à medida que os cientistas desvendam os segredos desses mundos distantes. Recentemente, um estudo revelou detalhes intrigantes sobre TOI-1824b, um planeta potencialmente habitável com características únicas.
Joseph Murphy, co-autor do estudo, descreveu TOI-1824b como uma ‘raridade exoplanetária’, devido à sua massa significativamente maior do que seu tamanho. Com quase 19 vezes a massa da Terra, mas apenas 2,6 vezes o tamanho, esse planeta desafia as expectativas convencionais.
Os cientistas levantaram duas hipóteses para explicar essa discrepância surpreendente. Uma delas sugere a presença de um núcleo semelhante ao da Terra, envolto por uma fina atmosfera de hidrogênio. A outra teoria aponta para um núcleo rico em água, com uma atmosfera de vapor, o que poderia tornar TOI-1824b um primo mais massivo dos mundos aquáticos.
Esses mundos aquáticos são pequenos planetas com alto teor de água, que orbitam estrelas anãs vermelhas, as quais são comuns na Via Láctea. Essas estrelas, mais frias que o Sol, oferecem condições propícias para a existência de água líquida em planetas próximos a elas, tornando-os potencialmente habitáveis.
Desvendando a Natureza de WASP-107b
Além de TOI-1824b, outro exoplaneta intrigante que tem chamado a atenção dos cientistas é WASP-107b, um gigante gasoso ‘inflado’ na constelação de Virgem. Com mais de três quartos do volume de Júpiter, mas menos de um décimo de sua massa, WASP-107b desafia as noções convencionais sobre densidade planetária.
Uma pesquisa recente revelou que a temperatura elevada de WASP-107b pode ser atribuída ao aquecimento das marés, resultante de sua órbita não circular. Essa órbita peculiar causa uma deformação no formato do planeta, levando a uma aparência ‘esticada’ e a um aquecimento significativo.
Com sua densidade comparada à do algodão-doce, WASP-107b destaca-se como um dos planetas menos densos conhecidos, desafiando nossa compreensão sobre a diversidade planetária no Universo. Enquanto continuamos a explorar os segredos dos exoplanetas, novas descobertas nos aguardam, revelando a incrível variedade de mundos além do nosso Sistema Solar.
Fonte: © CNN Brasil
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