Dívida de R$ 4,1 bilhões: prazo de pagamento passou de 22 para 72 meses, com reestruturação extrajudicial, novos termos: juros e principais débitos, carências, CDI, séries de debêntures, cédulas de crédito, bancário, bancos, credores, linhas de crédito.
A Casas Bahia iniciou um processo de reestruturação extrajudicial para quitar débitos que alcançam R$ 4,1 bilhões.
Essa reestruturação permite que a empresa busque soluções para suas finanças por meio de um acordo com os credores, evitando assim uma recuperação judicial. Com a reestruturação extrajudicial, a Casas Bahia terá a oportunidade de renegociar seus termos financeiros e se reorganizar de maneira mais eficiente.
O benefício da reestruturação extrajudicial para a varejista
No cenário recente, o pedido de reestruturação extrajudicial já está alinhado com os principais credores, responsáveis por mais de 50% dos débitos. Esse movimento visa também abranger os demais credores dispersos, incluindo pessoas físicas. A renegociação abrange as séries de debêntures 6ª, 7ª, 8ª e 9ª, que anteriormente tinham um custo médio de CDI + 2,7% e um prazo de 22 meses. Agora, o custo foi ajustado para CDI + 1,2%, com um prazo estendido para 72 meses.
No contexto da reestruturação extrajudicial, o novo perfil da dívida foi desenhado para preservar um significativo montante de caixa até 2027, sendo uma economia considerável, especialmente R$ 1,5 bilhão apenas em 2024. Como contrapartida, os principais bancos credores têm a vantagem de converter parte significativa de seus valores devidos em ações da empresa.
Além disso, o acordo inclui uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento de principal, o que representa um alívio considerável para a empresa. Anteriormente, a previsão de desembolso até 2027 era de R$ 4,8 bilhões, valor que foi substancialmente reduzido para R$ 500 milhões com a reestruturação. Esse novo cenário permite à empresa maior flexibilidade financeira e a possibilidade de antecipar ações estratégicas, como se preparar para eventos sazonais, como a Black Friday.
Os detalhes do plano de reestruturação extrajudicial
Dentro da operação da reestruturação extrajudicial, há um foco específico nas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas em conjunto com os bancos. O Bradesco detém cerca de R$ 953 milhões em debêntures, enquanto o Banco do Brasil possui R$ 1,272 bilhão, representando mais da metade do total das emissões abrangidas pelo plano.
O acordo estabelece a consolidação das séries de debêntures e cédulas de crédito bancário em uma única debênture de três séries. A primeira série, equivalente a 37% do total dos débitos, terá uma carência de juros de 24 meses e carência de principal de 30 meses, com uma taxa de CDI + 1,5%. Os pagamentos semestrais iniciarão após o período de carência, sendo a maior parcela de 60% prevista para novembro de 2029.
Para os credores parceiros que escolherem a segunda série, como o Banco do Brasil e o Bradesco, a opção permite manter as condições atuais de outras linhas de crédito não contempladas na reestruturação extrajudicial. Nesse caso, a conversão da dívida em ações da empresa pode ocorrer entre 18 e 36 meses, a 80% do valor devido, possibilitando uma transição suave e benéfica para ambas as partes.
Fonte: © CNN Brasil
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