Custo por quilômetro rodado: R$ 2,20 em carros elétricos e R$ 1,90 em veículos tradicionais, considerando preço de revenda e postos de abastecimento.
O mercado de carros elétricos está em constante evolução, e o Volvo EX30 é um exemplo disso, com um preço de lançamento de R$ 229.950. A recarga de um veículo elétrico é, de fato, mais econômica do que abastecer um veículo à combustão, considerando o quilômetro rodado. No entanto, a escolha por um carro elétrico não é sempre a mais vantajosa, segundo o professor José Roberto Moreira, do Instituto de Energia Elétrica da USP (IEE-USP).
Além disso, é importante considerar que os carros zero à combustão ainda têm um custo inicial mais alto em comparação com os veículos à combustão tradicionais. No entanto, com o tempo, os carros elétricos podem se tornar mais acessíveis e econômicos, especialmente com a redução dos custos de recarga e manutenção. A tecnologia está avançando rapidamente, e é provável que os veículos elétricos se tornem uma opção mais viável para muitos consumidores nos próximos anos.
Carros Elétricos: Uma Análise Econômica
O professor José Roberto Moreira, com mais de 30 anos de experiência na área de energia, realizou um cálculo para avaliar qual modelo de veículo é mais econômico. Considerando várias variáveis, ele chegou à conclusão de que rodar em um veículo elétrico custaria em torno de R$ 2,20 por quilômetro, enquanto um veículo tradicional custaria R$ 1,90.
Para chegar a essa conclusão, Moreira considerou o preço do veículo, o investimento necessário, o consumo de energia, o preço de revenda após uso e o que poderia ser feito com o capital investido. Ele ressalta que a diferença se dá principalmente pelo alto valor de venda dos carros elétricos no Brasil. Atualmente, o modelo mais barato é o Renault Kwid E-Tech, vendido a partir de R$ 99 mil, enquanto o carro zero à combustão mais barato é o Fiat Mobi, em torno de R$ 73.990.
Preço e Acessibilidade
O Kwid elétrico é o único modelo abaixo dos R$ 100 mil. Em seguida, os carros elétricos mais baratos são o BYD Dolphin Mini, que custa cerca de R$ 115,8 mil, e o JAC E-JS1, a partir de R$ 126,9 mil. Moreira acredita que esses preços distanciam os veículos elétricos da realidade da maioria dos brasileiros, que têm um automóvel para cada seis pessoas. ‘Um carro custando R$ 150 mil, R$ 200 mil, praticamente o dobro do que um carro convencional, é uma barreira séria’, diz.
Quando Vale a Pena Optar por um Carro Elétrico
Moreira explica que o cálculo feito por ele é uma média. Para aqueles motoristas que rodam muito com o carro, o elétrico pode ser uma boa opção, pois compensa o valor do investimento no baixo custo para recarga. ‘Um carro elétrico faz cerca de 6 km por quilowatt-hora. E o quilowatt-hora está custando em torno de R$ 0,80. Ou seja, o km dele está saindo a 10, 15 centavos’, calcula o especialista. Além disso, Moreira também analisa que aquelas pessoas com mais condição financeira e que já iriam gastar mais de R$ 100 mil em um carro também podem optar pelo modelo elétrico.
O Impacto da Bandeira de Energia
No cenário atual de crise hídrica e acionamento das bandeiras tarifárias de energia elétrica, consumidores podem se preocupar sobre o efeito dessa taxa no recarregamento dos veículos. No entanto, o professor Moreira garante que o impacto da bandeira de energia é baixo sobre o valor do quilômetro rodado em um carro elétrico.
Fonte: @ Terra
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