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Presidente do Banco Central afirma que decreto da meta de inflação não altera a condução da política monetária. Mercado mantém prêmios de risco em leilão de títulos prefixados.
O câmbio e os juros futuros atingiram o pico do dia, à medida que o mercado segue incorporando prêmios de risco nos ativos locais, em meio a novos indícios de desconfiança dos investidores em relação à política econômica.
No cenário internacional, a volatilidade da moeda estrangeira também tem impactado as negociações locais, refletindo a busca por ativos considerados mais seguros em momentos de incerteza econômica.
Câmbio em destaque durante leilão de títulos prefixados
O mercado de câmbio continua embutido em volatilidade, com sinais de renovadas desconfiança refletidos no leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional. A não colocação integral dos papéis no mercado gerou prêmios de risco, enquanto os agentes financeiros mantinham atenção nas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Presidente do Banco Central comenta sobre o câmbio
Durante entrevista coletiva acerca do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, Campos Neto abordou a questão do câmbio, destacando a postura do BC em não intervir visando um nível específico para o dólar. Essas declarações provocaram pressão nos ativos, testando a autoridade monetária diante do mercado.
Objetivo do BC com o câmbio flutuante
Campos Neto reiterou que o câmbio flutuante deve servir como um mecanismo para absorver choques, enfatizando a importância de sua atuação diante de disfuncionalidades no mercado de câmbio. Ele também mencionou a desvalorização da moeda estrangeira, alinhada com variáveis que representam o preço de risco Brasil.
Meta contínua de inflação e suas diretrizes
O governo publicou um decreto estabelecendo a meta contínua de inflação, a ser implementada a partir de janeiro de 2025. Segundo o decreto, a meta será considerada descumprida se a inflação acumulada em 12 meses permanecer fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos. Campos Neto destacou que aprimorar as metas já era discutido internamente no BC, visando resultados mais eficientes.
Reflexões sobre a política monetária
O presidente do Banco Central enfatizou que o decreto da meta contínua não implica em mudanças significativas na política monetária, mantendo a visão de suavização. Ele ressaltou que o câmbio deve ser tratado como flutuante, atuando como um amortecedor de choques na economia. A discussão sobre aprimorar as metas demonstra a constante busca por eficiência e resultados no cenário econômico atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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