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Registros de stalking aumentaram 34,5% no último ano, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com maiores taxas em algumas unidades da federação.
O Brasil teve um total de 77.083 casos de stalking contra mulheres no decorrer do ano passado, uma prática que infelizmente tem se tornado mais comum.
Esse comportamento obsessivo de perseguição e assédio pode causar sérios danos psicológicos e emocionais às vítimas, sendo fundamental que a sociedade se una para combater essa realidade preocupante.
Stalking: uma prática conhecida como perseguição obsessiva
A prática de stalking, também conhecida como perseguição obsessiva, tem sido um tema cada vez mais presente no Brasil. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado recentemente, o país registrou um aumento significativo no número de casos de stalking entre 2022 e 2023. Os dados revelam que houve um aumento de 34,5%, passando de 57.294 para 77.083 casos. Isso significa que, em média, uma ocorrência de stalking foi registrada a cada 6 minutos e 48 segundos em 2023.
Os números e as taxas de stalking no Brasil
A análise do Anuário revela que a taxa de casos de stalking por 100 mil habitantes aumentou de 54,8 para 73,7. Além disso, algumas unidades da federação se destacaram pelos maiores aumentos, como Roraima (121,1%), Alagoas (73,3%) e Pará (65,3%). Por outro lado, apenas dois estados apresentaram queda nos registros: Mato Grosso do Sul (-10,9%) e Acre (-3,9%). As maiores taxas de stalking por 100 mil habitantes foram observadas no Amapá (271,9), Roraima (165,7), Distrito Federal (154,8), Paraná (119,4) e São Paulo (110,8).
A legislação e as consequências do stalking
É importante ressaltar que a prática de stalking foi tipificada como crime em março de 2021 pela lei 14.132. Essa lei define o crime como a perseguição reiterada de alguém, ameaçando sua integridade física ou psicológica. A pena para quem comete esse crime pode variar de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. A violência psicológica também é uma preocupação, com um aumento de 33,8% nos casos contra mulheres em 2023, totalizando 38.507 registros.
Violência psicológica e suas consequências
Os dados do anuário mostram que a taxa de casos de violência psicológica contra mulheres aumentou de 27,5 para 36,8 por 100 mil habitantes. Os estados com as taxas mais elevadas foram Roraima (1.763,4), Amazonas (180,3) e Amapá (173,1). A lei 14.188, de 2021, classifica o crime de violência psicológica e estabelece penas de seis meses a dois anos de prisão e multa para os infratores.
Conclusão: a importância de combater o stalking e a violência psicológica
Diante desses números alarmantes, é fundamental que medidas sejam tomadas para combater o stalking e a violência psicológica. A conscientização da sociedade, a aplicação efetiva da legislação e o apoio às vítimas são passos essenciais nesse processo. É preciso garantir a segurança e a integridade de todos, combatendo práticas que ameacem a liberdade e a privacidade das pessoas.
Fonte: @ CNN Brasil
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