28 veículos blindados e 150 militares chegarão à fronteira Brasil-Venezuela-Guiana em breve. Tensão crescente na região.
O Exército brasileiro está se preparando para enviar 28 veículos blindados para a região da fronteira com a Venezuela diante da crescente tensão relacionada à disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo —uma grande porção de terra, hoje sob administração guianense, que abriga grandes reservas de petróleo.
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>Mas por que o Brasil está tomando essa medida?
A atuação do Exército brasileiro na fronteira com a Venezuela é uma forma de garantir a segurança e estabilidade na região, evitando possíveis conflitos que possam afetar o país. Além disso, o envio dos veículos blindados demonstra o compromisso do Brasil em proteger suas fronteiras e interesses nacionais, reforçando a presença estratégica do Brasil na região.
Brasil reforça fronteira com a Guiana em meio a escalada de tensão
Segundo informações obtidas pelo blog da Julia Duailibi de uma fonte do Alto Comando Militar, a necessidade de reforço se deu após o plebiscito promovido pelo governo Maduro aprovar a anexação de Essequibo, na Guiana.
O objetivo, conforme relatado por essa mesma fonte militar, é evitar que o conflito chegue ao Brasil.
A intenção é enviar uma mensagem de que nosso território não pode ser usado para nenhum tipo de operação
, afirmou a fonte para o blog.
Uma eventual incursão da Venezuela na Guiana por terra teria necessariamente que passar pelo Brasil, que faz fronteira com os dois países.
Os 28 veículos blindados, além de uma nova tropa com até 150 homens, chegarão na região nas próximas semanas para reforçar a segurança na fronteira.
Crise na América do Sul: Brasil se prepara para eventual escalada de tensão
ENTENDA: No domingo (4), a Venezuela organizou um referendo no qual 95% dos eleitores presentes votaram a favor de que o país incorpore ao mapa venezuelano o território de Essequibo, uma região de fronteira entre os dois países que é disputada há mais de 100 anos.
O QUE ACONTECE AGORA: O governo da Venezuela não é obrigado a executar o que determina o referendo, e ainda não está claro qual deverá ser a estratégia do regime chavista.
O QUE DIZ A GUIANA: Bharrat Jagdeo, o vice-presidente da Guiana, afirmou em entrevista que está se preparando para o pior e que o governo está trabalhando com parceiros para reforçar a
. Jagdeo disse que, em conversas com outros presidentes, Maduro tem afirmado que não tem intenção de invadir a Guiana, mas o governo da Guiana não deve contar com as garantias de Maduro.
Precisamos estar preparados, não podemos baixar a guarda ou ficarmos menos vigilantes. Os líderes venezuelanos já mostraram que são imprevisíveis e, portanto, estamos trabalhando com nossos parceiros para reforçarmos a cooperação de defesa e, caso aconteça o pior, possamos defender nosso país
, afirmou Jagdeo.
Projeto de lei para a criação da província de Essequibo gera tensão na região
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, propôs à Assembleia Nacional da Venezuela um projeto de lei para a criação da província, o que, na prática, significará a anexação de Essequibo.
Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo Mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Este é o nosso querido mapa!
, publicou em uma rede social.
Ele divulgou também um novo mapa do país com a incorporação de Essequibo, a região da Guiana que o governo venezuelano alega ser sua.
Veja abaixo:
A nova versão do mapa também já foi incluída em artes que ilustram órgãos governamentais da Venezuela.
Em um pronunciamento público, Maduro também anunciou que estava ordenando que a estatal petroleira venezuelana PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região.
Fonte: G1 – Notícias
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