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Reunião de representantes, chefe-pessoal e grupos no Rio encerra sessão do G20 com engajamento e forças-tarefa criadas.
Finalizou na última sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, a terceira reunião de Sherpas sob a liderança do Brasil no G20. Sherpas são delegados pessoais de um chefe de Estado ou chefe de Governo que preparam uma cúpula internacional. O G20 é um fórum internacional composto por 19 países e a União Europeia, que se reúnem anualmente para discutir questões econômicas globais.
O Grupo dos Vinte é uma importante instância de diálogo e cooperação econômica global, onde os Sherpas desempenham um papel fundamental na preparação e articulação das discussões entre os líderes. A presidência brasileira do G20 destaca o compromisso do país em promover a agenda econômica internacional e fortalecer as relações entre as nações membros. A atuação dos Sherpas é essencial para garantir o sucesso das cúpulas e a efetividade das decisões tomadas pelo G20.
G20: Inovações e Participação Ampliada
O encontro do G20 se destacou por uma inovação significativa, uma sessão conjunta dos Sherpas com representantes dos grupos de engajamento do Grupo dos Vinte, que tiveram a oportunidade de transmitir suas prioridades aos altos representantes governamentais. Essa iniciativa é parte do G20 Social, uma proposta brasileira para aumentar a participação de atores não governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20. Este movimento culminará na Cúpula Social do G20, de 14 a 16 de novembro, no Rio de Janeiro.
Durante o encontro, os Sherpas discutiram o progresso dos trabalhos sob a presidência brasileira do G20, com um foco especial nas duas forças-tarefa estabelecidas: uma aliança global contra a fome e a pobreza, e uma mobilização global contra a mudança climática.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no G20, compartilhou insights sobre as reuniões realizadas. ‘Tivemos uma sessão inicial para apresentar os avanços dos grupos de finanças, da força-tarefa contra a mudança climática e da força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em outra sessão, abordamos questões geopolíticas e temas controversos da agenda internacional.’
Em uma terceira sessão, pela primeira vez, houve uma interação direta entre os Sherpas do G20 e os coordenadores dos grupos de engajamento da sociedade civil sobre diversos temas, como grupos de mulheres, jovens, cientistas, sindicatos e empresários. Essa interação foi uma inovação da presidência brasileira do G20, visando incorporar as visões da sociedade civil nas decisões do grupo.
Lyrio ressaltou a importância dessa abordagem: ‘O G20 precisa estar mais próximo da sociedade para atender melhor às suas demandas. Foi a primeira vez que houve interação entre representantes governamentais do G20 e os grupos de engajamento. Foram apresentadas diversas demandas, desde a inteligência artificial até questões de gênero e trabalho decente.’
A quarta sessão foi dedicada a discutir os próximos passos para conduzir os grupos do G20 até a realização da cúpula em novembro. Temas como a estrutura da declaração dos líderes e o planejamento das reuniões foram abordados, visando garantir um processo eficiente e inclusivo.
Fonte: @ Agencia Brasil
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