Lula pede que a cúpula inclua parágrafo sobre eleições limpas; petista prega solução pacífica na retórica do comunicado final.
Formuladores da política internacional do governo Lula anteciparam ao blog que o petista deve propor, na reunião da cúpula do Mercosul que começa nesta quinta-feira (7), no Rio<span class=
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>, uma menção crítica à escalada retórica da Venezuela sobre a anexação forçada de 70% da Guiana.
A proposta de Lula visa promover um diálogo diplomático entre Venezuela e Guiana para resolver a crise de forma pacífica, evitando assim possíveis confrontos.
Maduro desafia Corte Internacional
Maduro realizou uma
consulta
sobre a anexação de parte da Guiana. A
consulta
mobilizou apenas metade dos eleitores e teve acusações de fraude. Ela também ignorou determinação da Corte Internacional. Há anos, referendos na Venezuela são acusados de fraude e manipulação. Geralmente, as
consultas
só servem para dar aparência de legalidade às vontades do ditador venezuelano.
Aviso a Maduro: alerta de Lula
Maduro, como mostrou o blog na quarta, foi avisado por interlocutores que Lula não seria condescendente com uma
aventura
na América Latina e que há uma série de riscos embutidos nessa ofensiva, ainda que o risco de uma ação bélica ainda seja visto como muito baixo pelas autoridades brasileiras.
Dúvidas sobre as Eleições
Um incidente, disse um diplomata que atua junto à equipe de Lula, poderia facilmente fazer com que Maduro perdesse o controle da situação, levando atores de outros países a se engajarem contra a Venezuela. O ditador havia prometido realizar eleições limpas no ano que vem. Mas sua última ofensiva lançou muitas dúvidas. H<span class=
highlight
>á a avaliação de que ele busca apenas um mote –a reivindicação de parte da Guiana é pauta antiquíssima na Venezuela, nunca executada- — para a disputa. Mas há também quem veja no ato uma tentativa de adiar a corrida eleitoral.
Lula pede mediação em foros regionais
Pessoalmente, Lula está preparado para falar sobre o assunto. O presidente deve pregar, novamente, uma saída pacífica e o fim das hostilidade e pedir que a mediação dessa crise iniciada por Maduro ocorra em foros regionais, como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A Guiana já avisou que vai acionar a ONU (Organização das Nações Unidas).
Fonte: G1 – Notícias
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