Memorando assinado na Alemanha para desenvolvimento de novos satélites. Trabalhos começam em abril de 2024 para monitoramento óptico das emissões pelos biomas.
Uma parceria entre o Brasil e a Alemanha, firmada nesta segunda-feira (4), tem como objetivo **monitorar** a emissão de gases do efeito estufa por meio de satélite. O acordo foi assinado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
A assinatura ocorreu no Ministério da Economia e Proteção Climática da Alemanha e contou com a presença de representantes do Inpe, além da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este projeto visa **acompanhar** os impactos ambientais e contribuir para a busca de soluções sustentáveis.
Parceria para Monitorar Emissões pelos Biomas Brasileiros
O acordo assinado prevê a utilização da plataforma Multimissão, desenvolvida pelo Inpe, e vai empregar sensores para realizar o monitoramento das emissões de gases pelos biomas brasileiros.
Além disso, o memorando assinado também estabelece o desenvolvimento de novos satélites e a integração de sensores em futuras missões. Atualmente, o Inpe tem a capacidade de fazer um monitoramento óptico de queimadas e desmatamento.
O diretor do INPE, Clezio de Nardin, ressaltou a importância da parceria em entrevista ao g1. Segundo ele, a assinatura do memorando ocorrida nesta segunda-feira é de extrema importância e a parceria deve continuar ao longo do próximo ano.
É absolutamente crucial fazermos um acordo desse nível. Vamos buscar elaborar o plano de trabalho desse acordo até abril do ano que vem para que possamos assinar, ainda em 2024, um acordo que estabeleça o compromisso de cada entidade, definindo as responsabilidades de cada uma
, destacou Nardin.
Ele explicou que a parceria terá três etapas: a carta de intenção, que já foi assinada; o plano de trabalho, que será estabelecido em abril; e a definição das responsabilidades no acordo, que detalhará as funções de cada entidade.
Temos uma resolução para cobrir todo o planeta e para fazer pesquisas em pontos específicos, como, por exemplo, algumas usinas termelétricas na Alemanha, que manifestaram interesse em rastrear, e pode haver algumas áreas aqui no Brasil de interesse da comunidade científica. Tudo isso será discutido até abril
.
Com a Alemanha, nós vamos observar não o desmatamento que gera emissões, mas vamos rastrear os gases propriamente, como CO2 e metano
, finalizou Nardin.
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Fonte: G1 – Política
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